Caracteres foliares são informativos para o reconhecimento de clados em Myrteae (Myrtaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pimenta, Thaís Barros lattes
Orientador(a): Oliveira, Augusto Giaretta de lattes
Banca de defesa: Souza, Marcelo da Costa, Monteiro, Mariana Maciel, Silva, Sandro Menezes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Biodiversidade e Meio Ambiente
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5975
Resumo: Todas as Myrtaceae que ocorrem no Brasil estão incluídas em Myrteae, a tribo de maior riqueza. Embora as relações filogenéticas baseadas em dados moleculares se mostrem estáveis, o reconhecimento morfológico de clados de Myrteae ainda é incipiente, especialmente quanto aos caracteres foliares. Nesse sentido, este estudo objetivou testar a hipótese de que características morfológicas foliares são informativas para o reconhecimento de clados em Myrteae. Foram selecionados sete gêneros, dos quais 5% dos representantes de cada gênero foram amostrados, totalizando 55 espécies: Campomanesia (3 espécies), Eugenia(20), Myrceugenia (3), Myrcia (20), Myrciaria (3), Plinia (3) e Psidium (3). Foram obtidas sequências de sete marcadores moleculares no GenBank. A matriz molecular foi concatenada e utilizada para inferir uma hipótese filogenética por Máxima Verossimilhança. Os caracteres morfológicos foram obtidas por meio da análise de 165 imagens de exsicatas de herbários virtuais. Matrizes com caracteres discretos e contínuos foram contrastadas com as relações filogenéticas recuperadas. Os resultados deste estudo mostram que o tipo de nervação terciária exmedial é consistente para o reconhecimento de Myrciaria. Myrceugenia e Psidium compartilham o tipo admedial de nervação terciária. Myrcia e Eugenia compartilham o tipo composto intersecundário de nervação terciária. Myrcia teve a maior variabilidade para os dados contínuos, exceto para a distância entre as nervuras secundárias, um carácter que pode ser investigado incluindo mais espécies. Campomanesia pode ser reconhecida pela nervação camptódroma-broquidódroma. Myrciaria e Myrceugenia compartilham o padrão de nervuras secundárias, em que a nervura coletora parece contínua e bem próxima à margem da folha. O padrão de nervação secundário e terciário, além da distância entre a nervura coletora e a margem foliar, parecem ser caracteres ligados aos gêneros e, portanto, corroboram a hipótese de que caracteres foliares podem ser usados para o reconhecimento de clados de Myrteae.