Dinâmica territorial na(s) fronteira(s): um estudo sobre a expansão do agronegócio e a exploração dos brasiguaios no norte do Departamento de Alto Paraná-Paraguai

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Ferrari, Carlos Alberto lattes
Orientador(a): Mizusaki, Márcia Yukari lattes
Banca de defesa: Fabrini, João Edmilson lattes, Batista, Luiz Carlos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/168
Resumo: A presente dissertação tem como finalidade investigar aspectos das transformações sócioeconômicas, políticas, culturais e ambientais decorrentes da expansão do agronegócio da soja nos distritos que compõem o Norte do Departamento de Alto Paraná, no Paraguai, em especial, no que diz respeito aos trabalhadores brasileiros que lá vivem, os chamados “brasiguaios”. Com a expansão do modelo agronegócio de produção na fronteira leste paraguaia, principalmente a região norte, o resultado mais significativo foi a expulsão de milhares de camponeses brasiguaios e paraguaios do meio rural. Conseqüentemente, esses camponeses excluídos da terra e dos meios de produção, vêm provocando o alargamento das periferias das cidades fronteiriças de Ciudad Del Este, San Alberto e Hernandarias do lado paraguaio e, de Foz do Iguaçu e outras menores do lado brasileiro. Entretanto, os camponeses brasiguaios que ainda resistem em terras guaranis vivem sob constantes ameaças para venderem suas terras a grandes proprietários de terra ou, de terem as propriedades invadidas por campesinos exógenos aos movimentos sociais paraguaios. Contudo, os camponeses brasiguaios que foram expulsos da terra e não conseguiram retornar para o Brasil, são explorados pelas grandes fazendas da soja e, também no meio urbano. Essa exploração se caracteriza principalmente, pela ausência dos direitos trabalhistas.