Dichelops melacanthus (Dallas, 1851) (Heteroptera: Pentatomidae) no sistema plantio direto no sul de Mato Grosso do Sul: flutuação populacional, hospedeiros e parasitismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Carvalho, Evanir da Silva Martins lattes
Orientador(a): Gomez, Sérgio Arce lattes
Banca de defesa: Scorza Junior, Romulo Penna lattes, Bianco, Rodolfo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/236
Resumo: Este trabalho teve os objetivos de verificar a flutuação populacional, os hospedeiros alternativos e a ocorrência natural de parasitóides em ovos e adultos do percevejo-barrigaverde, Dichelops melacanthus (Dallas, 1851), em solos explorados no Sistema Plantio Direto no Sul de Mato Grosso do Sul. As amostragens foram realizadas, semanalmente, de setembro/05 a dezembro/06, nas culturas da soja, milho-safrinha e trigo, em plantas voluntárias de milho, no meio da palhada e em ervas daninhas. As observações de campo foram feitas em experimentos localizados em áreas de Ponta Porã, Itaporã e Dourados, onde também foram coletados, quarenta adultos de D. melacanthus e suas posturas, para observação de parasitismo em laboratório. O inseto foi detectado o ano todo nos três experimentos, mas, picos acima de 1,0 percevejo/m2 ocorreram com maior freqüência, de fevereiro a novembro/06. Em Ponta Porã também foi observado - logo após a colheita da soja, na palha associada a plantas voluntárias de milho - o maior de todos os picos 4,1 (±1,45) percevejo/m2, em abril/06. Em Itaporã, a população alcançou a magnitude de 1,0 (±0,38) percevejo/m2, em novembro/05, em plantas voluntárias de milho; aproximou-se do mesmo nível em dezembro/06, em soja de fase inicial do estádio vegetativo, na presença de plantas voluntárias de milho; e culminou em 1,5 (±0,53) percevejo/m2, em setembro e 1,5 (±0,26) percevejo/m2 em outubro/06, ambos na presença de plantas voluntárias de milho. Quanto a Dourados, registrou-se densidade superior a 1,0 (±0,31) percevejo/m2, em plantas voluntárias de milho, apenas em setembro/06; aproximou-se do mesmo nível em outubro/novembro do mesmo ano, em plantas voluntárias de milho e em soja em estádio reprodutivo inicial associado a plantas voluntárias de milho, respectivamente. De modo geral, os maiores auges populacionais ocorreram nas proximidades da colheita da soja; na palha da soja, logo após a colheita, principalmente na presença de plantas voluntárias de milho; nos estádios iniciais do milho safrinha e das plantas voluntárias de milho. O mesmo ocorreu durante todo o tempo de permanência do trigo no campo, principalmente no estádio inicial do desenvolvimento deste cereal. Deu-se o contrário nos estádios vegetativos da soja e durante as fases iniciais do seu estádio reprodutivo, exceto quando as plantas estiveram na presença de plantas voluntárias de milho. Observou-se também que à medida que a cultura do milho safrinha e as plantas voluntárias de milho cresceram, a população do inseto diminuiu. O parasitismo exercido em adultos por três diferentes espécies de Tachinidae se fez presente em quase todos os meses do ano. Indivíduos coletados em Itaporã, em março/06, não foram parasitados, mas 53% dos observados no mês outubro, sim. Os maiores índices de parasitismo – exercido em ovos de D. melacanthus pelo Scelionidae Telenomus podisi Ashmead, 1893 – foram: 38,4; 31,5 e 45,0%, em Ponta Porã; de 42,3% em Itaporã e de 46,1%, em Dourados. Entre as plantas nãocultivadas, os quatro hospedeiros alternativos preferidos são: Cenchrus echinatus L., Chloris gayana Kunth, Panicum maximum Jacq. e Commelina benghalensis L.