Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Arnaldo Machado
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Orientador(a): |
Sangalli, Andréia
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Banca de defesa: |
Rebelo, Andressa Santos
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Nozu, Washington Cesar Shoiti
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Camacho, Rodrigo Simão
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação e Territorialidade
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Departamento: |
Faculdade Intercultural Indígena
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4628
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Resumo: |
A temática central deste estudo tem como fio condutor a abordagem histórica da Educação Especial do Campo numa perspectiva inclusiva, sob o paradigma da realidade ribeirinha enquanto espaço ancorado na sua realidade social, e de como as relações entre a inclusão e o espaço escolar ribeirinho se constituem. A problemática geral envolve investigações referentes a formação continuada de profissionais que atuam na Educação Especial, na organização da Rede Municipal de Ensino de Abaetetuba para a oferta da educação escolar para alunos com deficiências e das ações sócio pedagógicas realizadas nas escolas na zona rural das ilhas de Abaetetuba – PA, a fim de identificar as condições de acesso, permanência e sucesso educacional de alunos com deficiência no ambiente escolar ribeirinho. Com o intuito de ampliar as discussões sobre essa realidade o documento foi estruturado em 3 capítulos a partir das respectivas intencionalidades investigativas, tendo como objetivos específicos de modo a: Descrever e analisar os aspectos contextuais históricos da educação especial e inclusiva na educação do campo em território ribeirinho; Registrar informações sobre a formação continuada para a Educação Especial e Inclusiva no município de Abaetetuba com foco na análise dos aspectos relacionados aos desafios e perspectivas da formação dos Profissionais de Apoio Escolar (PAE); Descrever sobre a organização do setor de Educação Especial da Rede Municipal de Ensino quanto ao Atendimento Educacional Especializado (AEE) e Caracterizar o papel dos profissionais e o atendimento aos alunos com deficiência na zona ribeirinha. O percurso metodológico envolveu pesquisa bibliográfica, documental e participante, utilizando roteiros semiestruturados em formulários online via Plataforma Google Forms à professores e gestores do Atendimento Educacional Especializado em função das restrições de deslocamento resultantes da Pandemia COVID-19. A partir da análise das leituras e documentos legais, evidencia-se que o legislação vigente e as regulamentações específicas para atender as especificidades dos alunos preconizam a igualdade e de certa forma revelam o princípio de equidade, mas o ambiente escolar ainda carece de uma organização colaborativa que garanta a inclusão dos alunos em todos os espaços educativos, independentes das condições pessoais e dimensões territoriais, e nesse viés, aos alunos ribeirinhos com deficiência. Em relação à formação docente, é possível inferir que os professores que atendem os alunos com deficiência na escola ribeirinha estão à margem, por não receberam uma formação alicerçada no ambiente educativo rural, tornando-os também vítimas, junto aos alunos com deficiência, de um processo educacional excludente e que não dialoga com a educação da beira do rio. Ao considerar o número de ilhas que compõe o município de Abaetetuba, há insuficiência de abordagens específicas às questões referentes às realidades ribeirinhas e suas condições socioeducativas, que se naturalizam como práticas e que desvalorizam o contexto social, sobretudo do modo de vida e dos enfrentamentos por parte do aluno ribeirinho com deficiência. E ponderando os enormes conflitos gerados pela pandemia por COVID-19, desde o ano de 2020, registra-se que o AEE tem sido marcado pelo protagonismo dos alunos e dos docentes da Educação Especial, na medida que os docentes tem buscado alternativas para manter ativo o contato com os alunos com deficiência e promover o ensino formal, mesmo diante das inúmeras barreiras educacionais, que não são de agora, mas se ampliaram a partir do contexto pandêmico por COVID-19. Assim, faz-se urgente que o AEE em escolas ribeirinhas seja assistido pelos setores da gestão educacional possibilitando a efetivação de práticas que assegurem minimamente a equidade educacional e a inclusão social dos alunos com deficiência desse território. |