A Cidade de Dourados-MS, se há céu claro, calor; vento e céu alaranjado, poeira, poeirão: um estudo de clima urbano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Vladimir Aparecido Sorana dos lattes
Orientador(a): Silva, Charlei Aparecido da lattes
Banca de defesa: Berezuk, André Geraldo lattes, Amorim, Margarete Cristiane de Costa Trindade lattes, Ferreira, Cássia de Castro Martins lattes, Zavattini, João Afonso lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4345
Resumo: A construção da paisagem urbana resulta na configuração dos climas urbanos, esse percebido sensorialmente e visualmente, isto é, compreende à paisagem urbana, os impactos pluviométricos, de temperaturas do ar e de poluição. Os conceitos inerentes ao tempo, clima e o ritmo dos tipos de tempo recorrem da preocupação do homem a respeito dos fenômenos originados da atmosfera e seus resultados na superfície terrestre, os quais interferem diretamente na paisagem urbana. O objetivo geral deste trabalho é estudar, discutir e aplicar as teorias do Sistema Clima Urbano (SCU) e a dinâmica do ritmo do tempo (de MONTEIRO, 1976 e 1971, respectivamente) na cidade de Dourados/MS, no Centro-Oeste do Brasil, para identificar e compreender a qualidade do ar (poluição atmosférica por material particulado em suspensão) e a variação das intensidades termohígricas intraurbanas da mesma, geradoras de arquipélagos de calor e/ou frescor, em escala climática do regional para a local. Como método utilizou-se da teoria do sistema da paisagem urbana; teoria do Clima Urbano – subsistemas do termodinâmico (canal do conforto térmico) e físico-químico (canal da qualidade do ar); e da análise da dinâmica do ritmo do tempo. Para coleta do poluente material particulado total em suspenção (MPTS), confeccionou-se equipamentos de captação, adaptando a proposta de Troppmair (1988) e Santos (2011). Quanto aos registros de temperatura e umidade relativa do ar utilizou-se termohigrômetros data loggers HOBO U10-003, versão 3.4.0, o qual foi alocado no interior de um mini-abrigo meteorológico adaptado de Machado e Jardim (2012), e foram construídos e instalados 15 equipamentos de forma simultânea e em rede, cobrindo a área urbana num total de 120 dias nas estações de inverno e primavera de 2017. Já para as medições de materiais particulados inaláveis (MPI), utilizou-se o data logger digital Handheld Laser Particle Counter MODEL P311, da marca Airy Technology, para mensurar as partículas dos diâmetros 0,5 μm, 2,5 μm e 5,0 μm, coletadas em 10 bairros com nove horas de observação por três dias consecutivos para cada ponto, nas estações de inverno e primavera de 2017, e, após as coletas, os resultados de concentração dos poluente MPI e MPTS passaram por aplicação do “índice de qualidade do ar” estabelecido pelo CONAMA, esse interpretado pela CETESB de forma qualitativa. Os resultados dos poluentes MPI ́s e MPTS ́s, fez com que a qualidade do ar fique prejudicada no inverno devido à estabilidade da atmosfera com a atuação dos sistemas atmosféricos da PA, PV e PVC, porém, na primavera a poluição se dá principalmente pelas tempestades que ocorrem na transição da estação de inverno para a primavera, as quais provocam re/suspensão do material particulado em grande volume para a atmosfera, deixando a paisagem urbana com uma coloração avermelhada devido às turbulências dos sistemas atmosféricos FPA ́s e as REP ́s. No inverno com o tempo estável por vários dias e redução das precipitações, as concentrações de MPI e MPTS extrapolam os limites estabelecido pela CETESB e CONAMA. Devido a cidade estar localizada em uma zona de transição, onde atuam no decorrer do ano sistemas atmosféricos tropicais e extratropicais, sistemas frontais e zonas de convergência. Neste sentido os tipos de tempo são influenciados pelos sistemas atmosféricos da América do Sul, como a TC, TA, PA, FPA e a ZCAS, às vezes, atua sozinha, em condição de domínio absoluto ou de forma associada. Essas observações permitiram o entendimento da dinâmica circulatória atmosférica regional e local urbana, e as intensidades das variações térmicas intraurbanas de Dourados exprimidas pelos arquipélagos de calor e de frescor.