Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Alves, Lorrane Barbosa
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Orientador(a): |
Silva, Charlei Aparecido da
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Banca de defesa: |
Berezuk, André Geraldo
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Costa, Rildo Aparecido
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/953
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Resumo: |
Diante das modificações advindas do modelo socioeconômico atual do Mato Grosso do Sul, tais como a intensificação das monoculturas e, consequentemente, a possibilidade de impactos ambientais, surge a preocupação quanto à necessidade de se promover um diagnóstico ambiental, utilizando como unidade de estudo a bacia hidrográfica, sobretudo por possibilitar uma melhor compreensão das interações entre os componentes físicos e socioeconômicos e suas influências na qualidade das águas superficiais. Logo, a escolha da Bacia Hidrográfica do Córrego Laranja Doce (BHCLD) como unidade de estudo, aponta essas questões, principalmente por se tratar de uma bacia com interferência direta da área urbana do município de Dourados, além da área rural de Douradina, ambos localizados no Centro-Sul do Estado do Mato Grosso do Sul. Nesse contexto, esta pesquisa objetivou apresentar uma proposta de diagnóstico ambiental da BHCLD, analisando seus componentes físicos e socioeconômicos, além de expor as principais atividades com potencial poluidor e que são capazes de alterar a qualidade das águas do córrego Laranja Doce, enquadrando-as segundo a Resolução 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente e a deliberação do Conselho Estadual de Controle Ambiental n°36/2012. Desta forma, determinaram-se sete pontos de coleta das águas superficiais, previamente selecionados por se tratarem de áreas com potencial poluidor, definindo assim, um raio de três quilômetros como local de análise, a fim de avaliar o grau das possíveis alterações dos parâmetros físicos e químicos como a turbidez, oxigênio dissolvido, pH, sólidos totais, sólidos totais dissolvidos, acidez carbônica, cloretos, salinidade e condutividade elétrica. A operacionalização da pesquisa foi voltada à revisão teórico-conceitual, organização de banco de dados, atividades de campo, elaboração dos produtos cartográficos e análise limnológica. Segundo o Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH), o manancial hídrico que não possui enquadramento é considerado como Classe II, e diante desta classificação foram observados se os resultados dos indicadores selecionados, responsáveis em avaliar a qualidade das águas do córrego Laranja Doce, estavam em concordância com o enquadramento proposto pelo Plano, sendo nos trechos analisados tomado como base o parâmetro menos restritivo. Frente ao analisado, constatou-se que alguns indicadores não condiziam com o enquadramento de Classe II, sendo que os pontos 2 e 4 apresentaram características de Classe IV e os pontos 3, 5, 6 e 7 foram enquadrados na Classe III. Ao avaliar as principais atividades presentes na bacia, isto é, as monoculturas (soja, milho e arroz) e a pastagem, bem como, nos raios em que o manancial encontra-se na Classe III, foi possível constatar que seus respectivos usos condiziam com o enquadramento estabelecido, ou seja, a irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras e a dessedentação de animais (DELIBERAÇÃO CECA N° 36/2012), mas não estavam de acordo com o estabelecido pelo PERH. Conclui-se então, que a BHCLD pode ser considerada instável, devido as pressões e degradações exercidas pelas atividades antrópicas, principalmente decorrentes das monoculturas, pecuária e da malha urbana, sendo estas atividades as principais ameaças à qualidade das águas superficiais do córrego Laranja Doce/MS. Estas pressões exercem, verificando-se assim, a necessidade de se promoverem por meio de projetos e programas uma melhor qualidade ambiental e social na BHCLD. |