Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Joselaine Dias de Lima
 |
Orientador(a): |
Cavalcante, Thiago Leandro Vieira
 |
Banca de defesa: |
Rodrigues, Isabel Cristina
,
Maciel, Jeanne Mariel Brito de Moura
,
Novak, Éder da Silva
,
Mendes, Luís César Castrillon
 |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em História
|
Departamento: |
Faculdade de Ciências Humanas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5801
|
Resumo: |
A lei 11.645/2008 promulgada no intuito de corresponder aos anseios e exigências das centenas de etnias indígenas existentes no Brasil, carrega consigo uma conquista oriunda dos avanços e das lutas dos movimentos indígenas ao reivindicarem que a sociedade não indígena passasse a conhecer a diversidade étnica histórica e cultural dos povos originários, a fim de desconstruir a imagem estereotipada e preconceituosa que perpassa no imaginário da população brasileira. Torna-se obrigatório, a partir dessa Lei, o ensino de História e Cultura dos povos indígenas na educação básica, nas escolas públicas e privadas em todo o território nacional, abrindo um leque de possibilidades e desafios a serem enfrentados no ensino de História. A obrigatoriedade em promover a inclusão da temática indígena traz em pauta as relações étnico-raciais a fim de ir além das datas comemorativas. Essa pauta nasce do aspecto de que as Histórias indígenas brasileiras foram marginalizadas, sobressaindo, nos livros didáticos uma história focada no olhar europeu. É significativo discutir essas relações, trazendo o assunto do preconceito, do racismo e da negação que impede o diálogo com o Outro. Considerando a objetividade da lei, esta tese analisa às coleções didáticas do Projeto Araribá História, aprovadas pelo PNLD para o componente curricular de História 2008 a 2010, PNLD 2011 a 2013, PNLD 2014 a 2016, e o PNLD 2017 a 2019, destinados aos Anos Finais do Ensino Fundamental, utilizados por docentes e estudantes nas escolas estaduais do município de Sete Quedas, MS. A análise ocorre a partir da teoria decolonial, na direção, de investigar como acontece o processo de inclusão ou exclusão da temática indígena nesses espaços de ensino. Destaco a aldeia Sombrerito, dos Guarani Ñandeva, presente no município de Sete Quedas, MS, entretanto, não (re)conhecida por grande parte dos estudantes, professores e gestores das instituições escolares investigadas. O campo do ensino em História necessita da descolonização dos currículos, do pensamento único e universal impregnados de estereótipos, visto que ocorre no cotidiano escolar práticas que reproduzem a visão romântica do indígena no passado e não apresentam a História indígena do tempo presente que precisa ser abordada e discutida nas aulas de história. Neste enfoque, a descolonização do currículo exige que se narre os acontecimentos históricos a partir do olhar do outro. Este olhar difere-se do modelo ocidental único e permite o desenvolvimento de um pensamento crítico oriundo dos povos originários. |