Tramas e dramas no urbano: o projeto renascer em Dourados-MS e o processo de reprodução socioespacial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Castro, Maria Amábili Alves de lattes
Orientador(a): Calixto, Maria José Martinelli Silva lattes
Banca de defesa: Whitacker, Arthur Magon lattes, Goettert, Jones Dari lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/358
Resumo: Esta pesquisa teve por objetivo analisar o processo de reprodução socioespacial ocorrido nos conjuntos habitacionais Estrela Porã I, II e III e Estrela Yvate (Projeto Renascer), construídos para receber 409 famílias removidas de uma área favelizada ao longo do Córrego Água Boa (DouradosMS), pois, em períodos de chuvas, essas famílias sofriam com as inundações. A área era imprópria para morar devido à poluição do córrego que recebe parte do esgoto do município e por se tratar de uma área de fundo de vale. Em 2005 as famílias que residiam às margens do referido córrego começaram a ser removidas para uma parte alta, porção oeste da cidade, onde se encontram os novos conjuntos habitacionais citados acima. Buscamos analisar como se deu o processo de reprodução das relações sociais no novo lugar, uma vez que, por se tratar de uma área construída pelo poder público (padronizada com um número expressivo de residências idênticas, uma ao lado da outra) não houve o processo de construção espaço-tempo, tendo como característica uma morfologia imposta, não possuindo a rede de significados que a localidade anterior possuía. É, nesse sentido, que buscamos compreender como se deu o processo de identificação do indivíduo com a nova localidade, desde a relação com a vizinhança e, principalmente a relação pertencimento/estranhamento e, considerando essa perspectiva, o lugar será tomado como categoria de análise. Buscamos também avaliar os mecanismos adotados por essa população para reconstruir parte dos referenciais de vida perdido por meio da remoção, pois o desafio dessa população é de construir uma nova localidade que atenda os seus anseios e necessidades. Diante destas contradições avaliamos que as transformações urbanas impostas pelo poder público modificam os usos e o sentido do espaço como reprodução da vida, redefinindo as relações sociais.