Corumbá e seu papel como entreposto comercial de 1870 a 1914 na economia matogrossense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Romero, Enrique Duarte lattes
Orientador(a): Mauro, José Eduardo Marques lattes
Banca de defesa: Saes, Alexandre Macchione lattes, Grandi, Guilherme lattes, Fontanari, Rodrigo lattes, Queiroz, Paulo Roberto Cimó lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em História Econômica
Departamento: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2697
Resumo: Quando a cidade de Corumbá foi fundada no século XVIII demorou muito tempo para encontrar sua vocação econômica. Assim, dentro das referências revisadas para a elaboração deste trabalho desta tese, não houve constatação de uma vocação econômica específica que tenha relevância pelo menos até os 50 primeiros anos do século XIX, só a partir daí, é que a economia corumbaense teve um rumo, quando prevalece o comércio para a extração de excedente e na qual existe uma articulação devido à navegação e a comunicação com os portos principais da Bacia do Prata. Fato diferente ao acontecido com a cidade logo após o conflito bélico. A delimitação temporal estabelecida para este projeto de pesquisa obedece a alguns critérios adotados para sua definição. A delimitação inicial do período, 1870, se justifica em razão do fim da guerra da Tríplice Aliança, evento este que teve uma relevância marcante para esta região do Brasil, porque foi ocupada pelas tropas paraguaias deixando um rastro de destruição e desolação por toda Corumbá, isso ocorreu justamente no momento em que a cidade estava definindo a sua vocação econômica. Já a escolha do ano de 1914 se deve a alguns fatos como a chegada ao Pantanal a estrada de ferro Noroeste do Brasil, que à época se estendia até as margens do Rio Paraguai, a 70 quilômetros de Corumbá. O clima pantaneiro favorece uma adaptação à atividade pecuária, assim a introdução do gado no início do século XVIII, a atividade pecuária encontrou no sul de Mato Grosso as condições climáticas e ecológicas propícias à sua reprodução e proporcionou a fixação da população em torno das grandes fazendas de criação. Desta maneira, a grande parte riqueza desta parte do Mato Grosso foi o gado, base de sua economia no início do povoamento e também foi o fator de articulação da economia incipiente no Pantanal em Corumbá, quando a atividade agrícola ainda era restrita à zona litoral do país. Esta articulação consiste na ligação com outros setores econômicos. Desta forma, o setor primário consiste na própria exploração da atividade pecuária. No setor secundário estavam as charqueadas que, apesar de não apresentarem uma transformação completa da matéria-prima em outro produto, propiciam agregação de valor à carne. E no setor terciário, a distribuição dos produtos que se daria, num primeiro momento, pela via fluvial e mais adiante, pela ferroviária nos principais centros consumidores. Outros produtos passaram pelo porto corumbaense, mas o mais importante foi borracha, ambos comercializados tanto visando o mercado externo, assim como a importação de produtos para toda a região do Mato Grosso.