Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Noia, Carlos Phelippe Zocolaro
 |
Orientador(a): |
Pereira, Silvio Bueno
 |
Banca de defesa: |
Ramos, Diovany Doffinger
,
Martinez, Mauro Aparecido
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Agronomia
|
Departamento: |
Faculdade de Ciências Agrárias
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/548
|
Resumo: |
O objetivo deste trabalho foi estabelecer e atualizar as equações de intensidade, duração e frequência de precipitação pluvial para as regiões de Dourados e de Campo Grande, localizadas no Estado de Mato Grosso do Sul, com base em uma série histórica suficientemente longa e representativa dos eventos extremos. Para estimativa da precipitação máxima na região de Dourados foram utilizadas duas estações pluviográficas para aquisição dos dados, sendo uma operada pela Embrapa Agropecuária Oeste (CPAO) e outra pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), contemplando o período-base de 1979 a 2010. Para a região de Campo Grande foi utilizada uma estação operada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Foram determinadas as precipitações máximas anuais com durações de 10, 20, 30, 40, 50, 60, 120, 180, 240, 360, 720 e 1440 minutos e ajustadas à distribuição de probabilidade Gumbel. As equações de intensidade, duração e frequência da precipitação pluvial foram ajustadas utilizando-se a técnica de ajuste não linear Gauss Newton, com uso do Software SAEG 9.1. Houve ajuste de todas as séries de intensidade máxima anual à distribuição Gumbel, de acordo com o teste de aderência de Kolmogorov-Smirnov. Posteriormente, calculou-se os valores de intensidade máxima anual de precipitação pluvial para os períodos de retorno 2, 5, 10, 20, 50 e 100 anos, que serviram de base para definir a equação de chuvas intensas para as regiões estudadas. Os resultados obtidos permitiram concluir que a equação proposta (de chuvas intensas para as regiões de Dourados-MS e Campo Grande-MS) pode ser utilizada para o dimensionamento de projetos agrícolas e obras hidráulicas implantados na região. Devido à carência de informações relativas às equações de precipitação máxima para a maioria das localidades do Estado de Mato Grosso do Sul, bem como de equações que permitam estimativas com precisão, em função do período base disponível, a alternativa para a realização de projetos de obras hidráulicas tem sido utilizar informações de postos meteorológicos mais próximos da localidade na qual o projeto é realizado ou fazer uso de metodologias alternativas, tais como os métodos de desagregação de chuva de 24 horas e de Bell, a partir de dados pluviométricos em função da maior disponibilidade de estações e maior tempo de observações. Com base neste enfoque, desenvolveu-se o segundo trabalho, que teve como objetivos estimar as equações de precipitação pluvial máxima para o Estado de Mato Grosso do Sul por meio do ajuste das metodologias alternativas de desagregação de chuvas de 24 horas e de Bell, em função dos dados obtidos para as estações pluviográficas de Dourados e de Campo Grande, de forma que se possa estimar a intensidade máxima média das chuvas com certa precisão para as localidades que não se tenham estações pluviográficas. Para tanto, foram utilizados dados pluviométricos consistidos de 105 estações disponíveis no banco de dados da Agência Nacional de Águas. Com base nos resultados obtidos foi possível concluir: as equações de chuvas intensas obtidas por meio da análise de pluviogramas apresentam bons ajustes, com coeficiente de determinação acima de 99%. As metodologias ajustadas para se obter chuvas de diferentes durações a partir da altura de chuva local com duração de 24 horas e período de retorno conhecido apresentaram resultados satisfatórios quando comparados com o método de análise de pluviogramas (método padrão); o método de desagregação de chuva de 24 horas proposto por DAEE/CETESB (1980) tende a subestimar as intensidades máximas de precipitação pluvial no Estado de Mato Grosso do Sul; o método de Bell não se mostrou adequado para uso no Estado de Mato Grosso do Sul, tendo o método alcançado maior erro médio relativo, de maneira geral, tornando-o inviável para sua utilização na obtenção de chuvas de menor duração empregadas na geração da relação intensidade, duração e frequência; as maiores intensidades de precipitação pluvial prevista para o Estado de Mato Grosso do Sul ocorrem na região oeste e as menores nas regiões sul e leste. |