Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Brachtvogel, Cleide
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Orientador(a): |
Pereira, Zefa Valdivina
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Banca de defesa: |
Silva, Sandro Menezes
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Fernandes, Shaline Sefara Lopes
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Biologia Geral/Bioprospecção
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/3286
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Resumo: |
A composição e a distribuição da flora das Florestas Estacionais Deciduais são heterogêneas. Compreender sua dinâmica em áreas de transições florísticas entre biomas, são lacunas do conhecimento a ser preenchidas. O objetivo deste estudo foi determinar como as diferentes variáveis topográficas (declividade e solo) e ambientais (temperatura e precipitação) influenciam nos padrões de dispersão espacial espécies nativas em uma área do Parque Nacional da Serra da Bodoquena (PNSB), MS, sob o potencial dos mecanismos de regeneração natural, por meio da composição florística da chuva de sementes e dinâmica da serapilheira. No capítulo 1 foi avaliado a composição da chuva de sementes em um trecho do PNSB com variáveis altimétricas distintas (base, encosta e topo) onde foram instalados 15 coletores (1x1m) por cota altimétrica. Asamostras foram coletadas a cada 30 dias, durante 18 meses. Os padrões avaliados da chuva de sementes foram: densidade, forma de vida, síndrome de dispersão, classes de tamanho da semente; e variáveis ambientais. O Escalonamento Multidimensional Não Métrico (NMDS) foi utilizado para realizar ordenações entre os padrões da chuva de sementes e as variáveis ambientais e topográficas. No capítulo 2, foi estimado a produtividade mensal e anual da serapilheira em cada cota altimétrica, correlacionadas com as variáveis ambientais; também utilizou-se um gabarito quadrangular vazado (1 m2) para coletar a serapilheira nas cotas altimétricas onde foi avaliado: massa seca remanescente, taxas de decomposição (k) e o tempo de meia-vida (t 1⁄2) aos 30, 60, 90, 120, 150 e 180dias após a instalação. Foi realizado também analises químicas da serapilheira e do solo. Estatisticamente, a dinâmica da serapilheira foi representada pela análise dos componentes principais (PCA). No capítulo 1 foi identificado o total de 20.217 propágulos, pertencentes a 65 espécies e 30 famílias nas três cotas altimétricas, representando 449,26 sementes/m2. Sendo a base detentora da maioria dos propágulos (13.820 sementes). Das 65 espécies encontradas na chuva de sementes, 71% são de hábito arbóreo, constituindo-se de espécies zoocóricas (78%). Sementes muito pequenas foram predominantes e corresponderam a 53%. Nossos resultados indicam que há heterogeneidade na composição florística da chuva de sementes entre os sítios amostrais na topossequência, corroborando com a hipótese de que os atributos funcionais da chuva de sementes são influenciados pelo gradiente topográfico no PNSB. No capítulo 2, a estimativa de produção total de serapilheira foi de 1.4711,28, t/ha-1. Já para o acúmulo de serapilheira os resultados obtidos foram de 12.091 t/ha-1 (estação chuvosa). Já para a estação seca os resultados foram 12.980 t/ha-1, tanto na estação chuvosa, quanto na seca, a base foi a detentora da maior quantidade de serapilheira. A constante de decomposição (k) da serapilheira no período de 180 dias na base foi de 51,92%, encosta 54,20% e topo 53,06%. Já o tempo médio para decompor 50% do material foi de 190,86 dias para a base, 204,04 na encosta e 253,27 dias no topo. Corroborando com a hipótese inicial, os resultados possibilitaram inferir que a sazonalidade climática, assim como o gradiente topográfico exerce forte influência na dinâmica da serapilheira. Essa interação reflete nas características das Florestas Deciduais, as quais são ecossistemas heterogêneos. |