Suscetibilidade e desempenho biológico de três eulofídeos parasitoides a fungos entomopatogênicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rossoni, Camila lattes
Orientador(a): Pereira, Fabricio Fagundes lattes
Banca de defesa: Loureiro, Elisângela de Souza lattes, Andrade, Gilberto Santos lattes, Siqueira, Herbert Álvaro Abreu de lattes, Degrande, Paulo Eduardo lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/267
Resumo: Himenópteros parasitoides têm sido relacionados como inimigos naturais, dentre esses, os parasitoides Palmistichus elaeisis Delvare e Lasalle, 1993, Tetrastichus howardi (Olliff, 1893) e Trichospilus diatraeae Cherian e Margabandhu, 1942 (Hymenoptera: Eulophidae) são relatados no controle de pragas de importância agrícola, especialmente, Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera:Crambidae). Juntamente com os fungos entomopatogênicos Beauveria bassiana (Balsamo) Vuillemin, 1912 (Cordycipitaceae) e Metarhizium anisopliae (Metchnikoff, 1879) Sorokin, 1883 (Clavicipitaceae) estes parasitoides podem regular populações de insetos após aplicações inundativas e inoculativas. Por isto, o objetivo deste trabalho foi avaliar se os fungos entomopatogênicos B. bassiana e M. Anisopliae prejudicam o desenvolvimento destes eulofídeos e a sobrevivência de fêmeas adultas. No primeiro trabalho experimento I, fêmeas de cada espécie de parasitoide foram individualizadas em tubos de vidro, contendo uma superfície de contato de papel filtro (3 cm de largura × 3 cm de comprimento) tratada com as concentrações de 1 × 109con. mL-1, 5 × 109con. mL-1, 10 × 109con. mL-1 dos produtos à base de B. bassiana e M. anisopliae , sendo as mortalidades diária e confirmada avaliadas. No experimento II, as fêmeas dos eulofídeos foram expostas as mesmas três concentrações dos bioinseticidas por 48 horas. Após a exposição, cinco fêmeas dos parasitoides de cada tratamento foram individualizadas em tubos de ensaio juntamente com uma pupa de D. saccharalis e o parasitismo foi permitido por 24 horas. No segundo trabalho, pupas do hospedeiro foram expostas ao parasitismo por três fêmeas de cada espécie de parasitoide por 72 h, depois, as pupas parasitadas foram acondicionadas, individualmente, em tubos de vidro e tampados com algodão, sendo que no interior de cada tubo, foi inserido uma superfície de contato tratada com 1 mL de suspensão fúngica nas concentrações de 1 × 109con. mL-1, 5 × 109con. mL-1, 10 × 109con. mL-1 dos produtos à base de B. bassiana e M. anisopliae e acondicionados em câmara climatizada (BOD). Por fim, no terceiro trabalho, pupas de D. saccharalis foram individualizadas e inseridas em orifícios pré-perfurados em um colmo amarrado na planta de cana-de-açúcar, posteriormente foram pulverizadas as formulações dos dois entomopatógenos separadamente na concentração de 5,5 × 109 con. mL-1 e então a touceira de cana foi coberta, individualmente, com uma gaiola de “voil”, sendo posteriormente liberadas 102 fêmeas dos parasitoides por pupa separadamente. O parasitismo foi permitido por quatro dias e, após esse período, as pupas foram retiradas dos colmos e levadas ao laboratório para avaliação da porcentagem de parasitismo, porcentagem de emergência, a duração do ciclo de vida, progênie e a razão sexual. No primeiro trabalho foi possível concluir que os fungos entomopatogênicos reduziram a longevidade de fêmeas de P. elaeisis e T. diatraeae com maior mortalidade para a espécie T. howardi. No entanto, este fato não influenciou o parasitismo e a emergência de P. elaeisis, T. howardi e T. diatraeae em pupas de D. saccharalis. No segundo trabalho, a emergência de T. howardi e T. diatraeae não foi comprometida pelos fungos entomopatogênicos, porém a espécie P. elaeisis foi afetada, no entanto, a duração do ciclo de vida, progênie e razão sexual destes parasitoides não foram afetadas após exposição aos entomopatógenos no interior das pupas. No terceiro trabalho, os fungos entomopatogênicos na concentração de 5,5 × 109 com. mL-1 não prejudicaram o parasitismo de pupas D. saccharalis pelos parasitoides da família Eulophidae em plantas de cana-de-açúcar. De maneira geral, os fungos B. bassiana e M. anisopliae nas concentrações testadas são compatíveis com os parasitoides P. elaeisis, T. howardi e T. diatraeae.