Índices de referência para monitoramento da restauração de florestas estacionais semidecíduas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Jessica Ferreira da lattes
Orientador(a): Pereira, Zefa Valdivina lattes
Banca de defesa: FRÓES, CAROLINE QUINHONES lattes, VIANA, LUCILENE FINOTO lattes, FERNANDES, SHALINE SEFARA LOPES lattes, SANTOS JUNIOR, LUIZ CARLOS DOS lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências e Tecnologia Ambiental
Departamento: Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5819
Resumo: Um dos principais objetivos da restauração ambiental é resgaste da autossustentabilidade do ecossistema fragilizado e para determinar se o ecossistema se encaminha para esse objetivo é que faz necessário um eficiente monitoramento ambiental. O ato de ser necessário repensar a restauração a todo instante, torna o monitoramento uma etapa crucial no processo de restauração ecológica, e consequentemente torna também a escolha dos indicadores ecológicos. Além de ser essencial a escolha, é importante determinar os valores de referência para a avaliação das áreas restauradas, e garantir se o ambiente a ser restaurado está realmente recuperando suas funcionalidades ecológicas e sustentabilidade. Neste sentido, o trabalho teve como objetivo propor índices de referência para a fitofisionomia de Floresta Estacional Semidecídua, para todo o Brasil, como uma proposta de ferramenta de auxílio no processo de monitoramento ambiental das áreas em processo de restauração ambiental, e aplicar tais valores formulados na avaliação de três áreas de restauração ecológica, respectivamente nos municípios de Ivinhema, Jateí e Caarapó, MS. Foram estudados 18 indicadores ecológicos em 307 ecossistemas de referência de Floresta Estacional Semidecídua em 15 estados brasileiros. Para análise dos dados de indicadores ecológicos numéricos foi utilizada a estatística descritiva (média e intervalo de confiança) e para os indicadores nominais foram avaliados por meio da comparação da proporção de ausentes e presentes para criar os valores de referência e comparação. Foram definidos os valores de referência e comparação para vários indicadores ecológicos. Para a avaliação das áreas, utilizou-se de indicadores baseado no método MESMIS – Marco de Avaliação de Sistemas de Manejo de Recursos Naturais Incorporando Indicadores, sendo avaliados os processos ecológicos geradores de estabilidade (capacidade do sistema de manter o equilíbrio ecológico), de resiliência (resposta a distúrbios do sistema) e de confiabilidade (capacidade do sistema de manter sua produtividade com o surgimento de alterações a longo prazo) com base em valores de referência propostos. Das três áreas, Caarapó é o que progride mais próximo a uma área restaurada uma vez que apresenta condições próximas à área de referência, estando Jatei logo na sequência, apresentando destaque nos indicadores riqueza (106 espécies) e diversidade de espécies arbóreas (3,99). A alta capacidade tanto a estabilidade como a resiliência do ecossistema de Caarapó e Jatei, indica uma maior facilidade, frente a Ivinhema, do sistema manter o equilíbrio dinâmico estável e da capacidade para regressar ao estado de equilíbrio ou manter seu potencial produtivo, mesmo após distúrbio. A área de Ivinhema mesmo após 13 anos de implantação da restauração ainda não apresentou a estabilidade necessária para a funcionalidade do sistema.