Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Pieper, Elza Carolina Beckman
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Orientador(a): |
Góis, Marcos Lúcio de Sousa
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Banca de defesa: |
Gonçalves, Adair Vieira
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Leite, Eudes Fernando
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Fernandes, Célia Regina Delácio
,
Barzotto, Leoné Astride
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Letras
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação, Artes e Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/596
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Resumo: |
O objetivo desta dissertação é analisar o discurso em Nelson Rodrigues, mobilizando Dominique Maingueneau como a principal referência teórica. Na obra O discurso pornográfico (2010), Maingueneau trabalha “o texto pornográfico, relacionando-o a gêneros cujas condições de surgimento e cujo funcionamento podem ser claramente analisados”. No Prefácio, o autor faz uma relação entre sexualidade, erotismo e pornografia, afirmando que o uso do adjetivo “pornográfico” é suficiente para “desqualificar tudo aquilo a que ele esteja associado” (idem, p.7-9). Assim, o problema de pesquisa que se quer abordar nesta dissertação tem a ver com a seguinte observação: até que ponto Nelson Rodrigues pode, de fato, ser considerado um autor pornográfico? Para tanto, partir-se-á da leitura do texto Não tenho culpa que a vida seja como ela é (2009), de Nelson Rodrigues, autor qualificado duplamente como “Anjo” e “Pornográfico” no livro O Anjo Pornográfico: a vida de Nelson Rodrigues (1992), de Ruy Castro. O principal objetivo com a pesquisa é, ao ler discursivamente as crônicas-contos de Nelson Rodrigues, presentes no livro escolhido para análise, problematizar o adjetivo “pornográfico” atribuído a esse autor. Metodologicamente, serão adotados dois procedimentos: primeiro, partir-se-á da leitura do livro de Ruy Castro para tentar entender o que faz, segundo Castro, de Nelson Rodrigues um autor pornográfico. Em outros termos, de que mirante Castro qualifica-o de “pornográfico”. Segundo, far-se-á uma análise do livro de Nelson Rodrigues à luz de Dominique Maingueneau. A hipótese que se defenderá é a de que Rodrigues está mais próximo da literatura obscena, enquanto discurso, do que da pornográfica. O recorte que foi feito, ao se escolher apenas uma obra de Nelson Rodrigues para análise, não é suficiente para se chegar a conclusões exaustivas sobre o assunto. No entanto, é importante para, pelo menos, lançar dúvidas sobre o adjetivo “pornográfico” (e mesmo “anjo”) atribuído a Nelson Rodrigues. Espera-se, portanto, que o resultado da pesquisa, a ser registrado em forma de dissertação de mestrado, motive a continuar a pesquisa, analisando outros textos de Rodrigues e contribuindo para a formação de saberes a partir da obra desse renomado escritor brasileiro. |