Morfometria da antena, número e distribuição de estruturas sensoriais olfativas em abelhas Euglossina e Meliponina (Hym: Apidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Gonçalves, Claudia Bezerra da Silva lattes
Orientador(a): Moraes, Mônica Maria Bueno de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
Departamento: Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/233
Resumo: No flagelo antenal se encontra a maior parte de receptores sensoriais externos conhecidos: sensilla placodea (discos olfativos, D.O.), basiconica, trichodea (cerdas), coeloconica, ampullacea e campaniformia. Nas abelhas Apidae, têm sido estudadas sob os mais diversos aspectos, a morfologia externa, sendo que um dos caracteres que tem chamado a atenção pela sua importância é a antena das abelhas. O estudo das antenas e de suas estruturas sensoriais olfativas tem sido realizado com mais intensidade em abelhas altamente sociais, como nos Apina e Meliponina. O objetivo do trabalho foi analisar comparativamente, em nível de microscopia óptica, o tamanho e forma da antena, o número e a distribuição das estruturas olfativas antenais ou sensilla placodea em abelhas Euglossina e Meliponina com diferentes padrões sociais. Foram usadas antenas de 10 machos e 10 fêmeas de Melipona favosa orbignyi e de Scaptotrigona depilis; 10 machos de Eufriesea violaceae e de Exaerete smaragdina e, 2 machos de Exaerete dentata, totalizando 62 abelhas analisadas para cada espécie estudada. Para cada segmento foi contado o número absoluto de discos olfativos, foram medidos diversos caracteres morfométricos e obtidos os valores AT (área total do segmento), aE (área com D.O. ), a (área sem D.O.), e ainda, calculados os índices D.O./AT e D.O./aE. Verificou-se que as abelhas Euglossina têm mais D.O., em números absolutos, do que as Meliponina. Dentre os Meliponina, os machos e as operárias de M. favosa orbignyi tem maior número absoluto de D.O., e, na comparação entre os sexos, os machos possuem mais D.O. do que as fêmeas. Referente aos caracteres A (largura total do segmento) D e E ( relativos ao comprimento do segmento), os maiores valores são apresentados pelos machos Euglossina, quando comparados com operárias e machos de Meliponina. Quanto às áreas do segmento antenal, os machos Euglossina apresentam a área total AT muito maior do que em Meliponina. Dentre todas as espécies analisadas, os Euglossina mostram a área com estruturas olfativas (aE ) e a área sem esses D.O.(a) com tamanhos semelhantes; enquanto que nos Meliponina, aE > a. Dentre os Meliponina, S. depilis têm mais discos (D.O./AT), com maior concentração no segmento (D.O./aE) – sendo que nos machos, esses valores são maiores do que nas fêmeas. As operárias M. favosa orbignyi mostram esses índices bem maiores do que nos machos, indicando maior quantidade de D.O., com maior concentração no segmento. Dentre todos os Euglossina, os machos de Eufriesea violaceae têm mais D.O. do que E. dentata e E. smaragdina (ambos com valores inferiores aos dos Meliponina). Portanto S. depilis, independente de seu tamanho menor, têm o maior número de discos olfativos; e dentre os Euglossina, Eufriesea violaceae têm maior número de D.O. do que as Exaerete (que são consideradas abelhas de grande porte, e maiores que Eufriesea violaceae).