“A Gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”: uma análise dos rolezinhos como contestação da segregação socioespacial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Nunes, Nátali Bozzano lattes
Orientador(a): Scavo, Davide Giacobbo lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Sociologia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1452
Resumo: Esta pesquisa busca compreender se os rolezinhos, caracterizados como passeios em grandes grupos de jovens da periferia nos shoppings centers das cidades brasileiras manifestados desde 2014, foram uma tentativa de contestação da segregação social e espacial presente na sociedade. Ainda que os protagonistas dessas mobilizações não estivessem protestando contra as mazelas da sociedade do consumo em si, a hipótese que norteia este trabalho é a de que estes jovens negros, pobres da periferia, ao mesmo tempo que circulam invisíveis pela cidade, não aceitaram calados tais estigmas. Assim, eles saem do lugar a eles atribuindo pela sociedade e vão aos shoppings centers – considerado o templo do consumo – utilizando roupas e acessórios de grandes marcas e buscando um reconhecimento social por meio do consumo. Os rolezinhos apresentam-se, portanto, como fenômenos de resistência e contestação à exclusão e não ao sistema capitalista como tal. O procedimento metodológico utilizado para a realização desta pesquisa foi a revisão bibliográfica e documental do tema, a partir de uma análise qualitativa da problemática trabalhada.