Qualidade microbiológica de linguiças do tipo frescal e caracterização de isolados de Escherichia coli
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Nutrição - FANUT (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Nutrição e Saúde (FANUT) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/4499 |
Resumo: | A linguiça do tipo frescal é bem aceita e comercializada no Brasil. Mesmo pronta para o consumo, pode apresentar alguns micro-organismos patogênicos, caracterizando possível falha no seu controle higienicossanitário. A bactéria Escherichia coli destaca-se por ser indicativa de contaminação fecal, por apresentar resistência a antimicrobianos e alta variabilidade genética. O objetivo da presente pesquisa foi avaliar a qualidade microbiológica de linguiças suínas e de frango, artesanais e industriais, do tipo frescal, segundo a legislação brasileira vigente. Além disso, objetivou-se testar a susceptibilidade a antimicrobianos e identificar o perfil genético dos isolados de E. coli destas linguiças. As amostras foram coletadas nos meses de julho a agosto de 2013, em 43 açougues do Município de Aparecida de Goiânia, Goiás e, para cada uma delas, anotou-se o processo de fabricação, isto é, se artesanal ou industrial. Além disso, aferiu-se a temperatura das linguiças e de seus respectivos balcões de exposição à venda. As amostras foram submetidas à análise microbiológica de acordo com a RDC nº 12 de dois de janeiro de 2001, seguindo metodologia preconizada pela American Public Health Association. O teste de susceptibilidade a antimicrobianos seguiu a técnica de disco difusão em ágar Müeller–Hinton e a variabilidade genética foi observada pela técnica do Pulsed Field Gel Electrophoresis. Obtiveram-se oito isolados de E. coli e sete de Staphylococcus aureus. As linguiças artesanais, assim como as suínas estiveram mais contaminadas do que as industrializadas e de frango. Estas últimas apresentaram temperaturas médias menores do que as amostras suínas (6,0 e 6,5ºC, respectivamente), enquanto que linguiças artesanais apresentaram temperaturas médias superiores às industriais (6,8 e 5,7ºC, respectivamente). A maioria dos isolados de E. coli (71,4%) foi resistente a, no mínimo, um antibiótico testado. Apresentaram ainda maior resistência à tetraciclina e ampicilina (71,4%) e 100,0% apresentaram sensibilidade à ceftazidima, ciprofloxacina, aztreonam e imipenem. Observou-se ainda, alta variabilidade genética entre os isolados pela técnica do PFGE. As linguiças estiveram, em sua maioria, próprias ao consumo humano de acordo com a legislação brasileira, embora os resultados possam indicar falha no controle higienicossanitário, cepas resistentes a antibióticos e alta diversidade genética entre os isolados, indicando fontes diferentes de contaminação. |