Leitura literária na escola: o conto como provocação
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação - CEPAE (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Ensino na Educação Básica (CEPAE) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/8010 |
Resumo: | O presente projeto de pesquisa “Leitura literária na escola: o conto como provocação” foi motivado pela inquietação em observar a resistência dos alunos à prática de leitura literária na escola de Educação Básica. Desse modo, interessa, para além de levar os alunos a apreciar a leitura de textos literários, fazer valer a ideia de que a prática leitora é uma experiência que nos permite compreender melhor a relação com a vida e aprimorar a nossa visão do outro enquanto sujeito no mundo que nos circunda. Na frenética era digital, cada vez mais, os jovens deparam-se com tecnologias que oferecem amplas possibilidades para interação, acesso facilitado à informação, comunicação instantânea e redes sociais. Todos esses recursos acabam por provocar um distanciamento do gênero literário em sala de aula, principalmente porque a abordagem literária proposta pelos livros didáticos é simplificadora, gerando, assim, desinteresse no aluno. Desse modo, ao oferecerem, em sua maioria, uma compreensão textual com base em esquemas de interpretação preestabelecidos, restringem a recepção do aluno-leitor, uma vez que não lhe é dada a oportunidade de se manifestar sobre as possibilidades de interpretação. Com base nessas premissas, o corpus de análise deste trabalho foi constituído de quatro contos extraídos da obra Aquela água toda, do autor paulista João Anzanello Carrascoza. A escolha desse escritor se deve especificamente ao fato de conseguir abordar conflitos, os quais permeiam a realidade do jovem leitor, bem como temas norteadores do universo dos adolescentes, tais como os medos e inseguranças, o primeiro amor, as relações familiares, as primeiras experiências de descoberta e conflito. O contista consegue promover uma atividade prazerosa de leitura, integrada como elemento motivador para o letramento literário. A pesquisa, de caráter qualitativo, do tipo participante, envolve a realização de um projeto de leitura com pré-adolescentes de 11 a 13 anos, em uma escola da rede privada, em um setor nobre da cidade de Goiânia. A fundamentação teórica apresentada apoia-se em reflexões de Bosi; (2001); Cortázar (1974); Candido (2004); Chartier (1999); Compagnon (2003 e 2009); Todorov (2009); Gotlib (1999); Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1999); Piglia (1999), entre outros. O resultado desta pesquisa realça os contos como provocadores da leitura literária no ambiente escolar, como também o importante papel do mediador nesse processo. |