A mulher é tudo, é guerreira: mulheres, quilombo e cultura no território de São José da Serra/RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Zenaira da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Instituto de Estudos Socioambientais - IESA (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Geografia (IESA)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/12258
Resumo: Unir-se a visibilidade das lutas das mulheres negras quilombolas é o ponto central dessa Dissertação que analisa o papel social das mulheres do território de São José da Serra no Rio de Janeiro. Voltamos nossos olhares para as práticas culturais desta comunidade ressaltando como a expressão afro-brasileira do jongo é apropriada pelas mulheres como forma de protagonismos e transformação de suas realidades. Em se tratando de uma pesquisa de cunho qualitativo, contamos com a realização de conversas informais gravadas e observação em campo. Sob o amparo teórico interdisciplinar estabelecido entre a ciência geográfica, a História e a Antropologia, o diálogo se desenvolve em três momentos principais: primeiramente partimos da escrita de mulheres quilombolas, acadêmicas e não acadêmicas, sobre seus territórios existenciais e alcançamos uma abordagem conceitual sobre os territórios étnico-raciais no contexto das comunidades quilombolas rurais; em um segundo momento, situamos o perfil das condições histórico-geográficas do território de São José da Serra; e, por último, tecemos como as mulheres se relacionam entre si, com o território e no território criando espaços de fortalecimento mútuo contra dispositivos racistas e sexistas. A pesquisa evidencia as estratégias de afirmação territorial e identitária do agrupamento, destacando os vínculos étnico-sociais estabelecidos através da rede de memória do jongo formada por diferentes comunidades jongueiras do Vale do Paraíba Fluminense. Observa-se ainda o protagonismo das mulheres de São José que desempenham diversos papéis de tomada de decisões a partir dos espaços domésticos, religiosos e produtivos no cotidiano da comunidade.