Suplementação de glutamina em dietas iniciais para frangos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: LOPES, Karina Ludovico de Almeida Martinez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Ciências Agrárias
BR
UFG
Doutorado em Ciência Animal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tde/1186
Resumo: Objetivou-se com o presente trabalho avaliar a suplementação de glutamina na ração sobre o desempenho, digestibilidade de nutrientes e integridade da mucosa intestinal de frangos de corte na fase inicial. Foram realizados três experimentos no Aviário Experimental da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás, utilizando pintos de corte, machos, com um dia de idade. No Experimento I e II foi avaliada a suplementação de glutamina para pintos de corte submetidos a desafios de diferentes intensidades com Eimeria acervulina, ou Eimeria ssp, e no Experimento III avaliou-se o efeito da suplementação da glutamina em rações contendo ingredientes de origem animal. As características de desempenho avaliadas foram peso, ganho de peso, consumo de ração, conversão alimentar e viabilidade. A digestibilidade dos nutrientes foi avaliada com a determinação dos coeficientes de digestibilidade da matéria seca, proteína bruta e extrato etéreo. A integridade intestinal foi avaliada através da determinação da altura de vilos, profundidade de cripta e relação vilo:cripta do intestino delgado. Os dados foram submetidos à análise de variância e para os níveis de glutamina foi aplicada a regressão polinomial. No Experimento I após o desafio com Eimeria, foram observados melhores coeficientes de digestibilidade para a matéria seca, proteína bruta e extrato etéreo com a suplementação de 1,0% de glutamina (P<0,05). Para os resultados de histomorfometria, aos 14 dias de idade foi observado efeito benéfico com a suplementação de 1,0% de glutamina (P<0,05) na altura do vilo e profundidade de cripta no duodeno. Quando desafiadas, as aves apresentaram melhores resultados para altura do vilo e profundidade de cripta no duodeno aos 21 dias, e melhor altura do vilo e profundidade de cripta no duodeno e íleo aos 28 dias, ao receber 1,0% de glutamina na ração. No Experimento II a suplementação de glutamina não melhorou os coeficientes de digestibilidade da matéria seca e do extrato etéreo nos períodos estudados, no entanto, houve regressão significativa (P<0,05) para o coeficiente de digestibilidade da proteína bruta no primeiro período estudado, e para o coeficiente de digestibilidade da proteína bruta e extrato etéreo no segundo período. Aos 21 e aos 28 dias de idade as aves desafiadas apresentaram maior altura de vilo e profundidade de cripta quando suplementadas com 1% de glutamina na ração (P<0,05). No Experimento III houve efeito quadrático positivo (P<0,05) para o coeficiente de digestibilidade da proteína bruta com o aumento dos níveis de glutamina na ração. As aves dos grupos suplementados com glutamina apresentaram melhores resultados (P<0,05) para altura do vilo e profundidade de cripta, no duodeno, em relação ao grupo não suplementado. Embora a suplementação de glutamina nos níveis estudados não tenha sido eficiente para amenizar os efeitos da coccidiose sobre o desempenho de frangos de corte, a suplementação com 1,0% de glutamina proporcionou recuperação na integridade da mucosa intestinal em aves desafiadas com Eimeria, melhorando o coeficiente de digestibilidade da proteína da ração. A utilização de produtos de origem animal em rações para pintos de corte na fase inicial não prejudica o desempenho das aves.