A luta pela terra na região norte de Goiás: assentamento Juarina (1968–1988)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lima, Eonilson Antonio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade de História - FH (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Historia (FH)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/5551
Resumo: O presente trabalho se concentra na análise da luta entre trabalhadores rurais e latifundiários pela posse da terra na região norte de Goiás no período em que os governos da ditadura militar estiveram no poder e implementaram o projeto de ocupação da Amazônia pelo capital nacional e internacional. Analisamos processos migratórios que resultaram na ocupação dessa área em momentos distintos que incluem as frentes de imigrantes oriundos, sobretudo, do Nordeste em busca de terras de trabalho nas primeiras décadas do século XX e que se estenderam ao advento da rodovia Belém-Brasília, no fim da década de 1960, até a tomada do poder pelos governos autocrático, quando se deu início ao processo de ocupação capitalista da Amazônia. Os incentivos criados pelos governos autocráticos para atrair investimentos capitalistas para a região incluíram subsídios financeiros a projetos agropecuários e garantias jurídicas para expropriar os posseiros já instalados nas terras e superexplorarem a força de trabalho utilizada na implantação dos empreendimentos. Como resultado, houve expulsão das famílias de posseiros das áreas pretendidas e situações de violência e instabilidades para as famílias camponesas que já estavam na região havia décadas, incluindo residentes na área pretendida pelo latifundiário proprietário da fazenda Juarina, aonde os posseiros expulsos, uma década depois, retornam para enfrentar o poder do fazendeiro até a área ser desapropriada e transformada em assentamento de reforma agrária.