O mal-estar e o bem-estar na docência superior: a dialética entre resiliência e contestação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Queiroz, Vanderleida Rosa de Freitas e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Educação - FE (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Educação (FE)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/3403
Resumo: Tese vinculada à linha de pesquisa “Formação, Profissionalização Docente e Práticas Educativas” do Programa de Pós-graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade da Federal de Goiás, integrante dos trabalhos desenvolvidos pela Rede de Pesquisadores(as) do Centro–Oeste (REDECENTRO). Trata-se de pesquisa bibliográfica, caracterizada como estado do conhecimento, cujo objeto de investigação são os sentidos discursivos sobre “mal-estar e bem-estar docente”, em referência ao professor universitário, produzidos nas pesquisas dos programas de pós-graduação em educação do Brasil (2000 – 2011). O Corpus da pesquisa constitui-se de nove trabalhos (quatro teses e cinco dissertações). O problema de investigação assim foi proposto: como os sentidos discursivos construídos e postos em circulação sobre o mal-estar e o bem-estar docente em referência ao professor universitário se articulam às mudanças sociais e políticas que atingiram a educação superior a partir dos anos 1990 e que sentidos de docência produzem, tendo a práxis como referência? Com base no método materialismo histórico dialético, buscou-se compreender os sentidos discursivos sobre o mal-estar e o bem-estar docente em referência ao professor universitário pelas categorias de totalidade, historicidade, contradição e práxis. Para a consecução desse objetivo, efetuou-se contextualização da prática universitária na configuração que tomou a universidade induzida pelas políticas educacionais dos anos 1990, com base em referencial teórico crítico da área de educação; revisão dos conceitos de mal-estar e bem-estar docente que fundamentam as pesquisas; descrição da produção acadêmica sobre mal-estar e bem-estar docente dos programas brasileiros de pós-graduação em educação (2000 – 2011), referida ao professor universitário, no tocante aos seus aspectos teórico-metodológicos; às concepções de mal-estar e bem-estar docente dos pesquisadores e dos sujeitos pesquisados; às proposições de enfrentamento ao mal-estar e de construção/reforço do bem-estar; análise das articulações dos sentidos discursivos sobre mal-estar e bem-estar docente com as mudanças sociais e políticas iniciadas nos anos 1990 e os sentidos de docência construídos. Na análise das informações, fundamentou-se em pressupostos da Análise do Discurso, como os conceitos de sentido, discurso, dialogia e polifonia, negando o entendimento de sentido como dado e como neutro. Dessa análise, foi possível estabelecer que, dos nove trabalhos investigados, apenas um articula com clareza mal-estar docente e bem-estar docente com a totalidade, como consequência da adoção e explicitação do método de investigação que se orienta pela concepção de ciência como crítica do conhecimento. Foi possível, ainda, estabelecer que os sentidos de docência produzidos remetem a dois tipos: a “resiliente” e a “contestatória”. Atribuiu-se à docência contestatória o sentido de práxis, por esta concretizar-se dialeticamente, alternando estados de mal-estar e bem-estar docente, e por perspectivar a transformação social.