Exportação concluída — 

Gênero musical choro em Goiânia e suas implicações sociopolíticas e culturais (1970-1990)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Wilton Jonh dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade de História - FH (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em História (FH)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/12395
Resumo: Este trabalho tem o objetivo de escrever a História do gênero musical choro na cidade de Goiânia em suas implicações sociopolíticas e culturais. O estudo sobre a trajetória deste ritmo proporcionará certos entendimentos históricos que envolvem as dinâmicas de representação simbólica e cultural de grupos sociais de nosso recorte temporal. Este estilo musical surge no Rio de Janeiro no final do século XIX, em meio às manifestações populares, sobretudo pelo o encontro de culturas musicais, incorporando as tradições europeias e afrodescendentes. O trabalho visa entender e traduzir como tem se configurado as transformações da música chorona, em especial na capital de Goiânia. Nesse sentido, intencionamos compreender também as características identitárias que compõe essa musicalidade, a síncopa e seus desdobramentos rítmicos. Avaliamos, portanto como importante identificar e apontar suas questões sonoras e registrá-la na perspectiva das linguagens, da oralidade, da memória. Estes serão os pontos fulcrais, ou seja, os direcionadores das discussões desta pesquisa. Para tal, lançamos mãos de um trabalho etnográfico, visitas de campo e entrevistas, a fim de obter informações sobre as formas de realizações do choro e as características que envolvem esta música tocada na capital goianiense. Historicamente, o choro é parte da cultura brasileira desde que surgiu na Corte do Segundo Império. Sua musicalidade até o último quartel do século XIX era compreendida como festejos religiosos, músicas de barbeiros, festas de casa e de ruas, direcionada as camadas mais baixas da sociedade imperial, até assumir os espaços sofisticados como teatros, salões imperiais, espaços da alta sociedade, caracterizou-se, como movimento cultural de caráter urbano carioca sendo vistos cada vez mais como uma música que se diferenciava entre a diversidade musical pré-existentes. O estilo musical choro foi representado nas práticas do lundum – danças rítmicas dos escravos coloniais, vistos também noutras músicas como nos chótis, no maxixe, na polca, nas valsas e modinhas. Ao constatar o dialogo entre estes ritmos diversos que estavam em alta, podemos afirmar que a cidade do Rio de Janeiro e o entorno era um campo fértil, um “caldeirão” de múltiplos ritmos que significava o contexto social histórico da Corte. Portanto, esse ambiente serviu de terreno para a configuração do choro e influência da música brasileira. Compreendemos nas tramas contidas na oralidade dos artistas. Dessa forma investigamos os climas de conflitos e negociações entre o mencionado movimento musical e a música caipira ou Sertaneja, até então lida como cultura tradutora da goianidade. Nosso trabalho, contudo, busca diagnosticar as situações de mudanças e durações do percurso de chegada do Choro, nio qual vemos nas atividades dos chorões da Velha Guarda local. Em contrapartida, neste sentido, interpretaremos as representações e simbologias que compõem a identidade dos grupos de choros e sujeitos anônimos inseridos neste cenário.