Avaliação da atividade tipo ansiolítica do óleo essencial das folhas de Spiranthera odoratissima A. St. Hil. - possível mecanismo envolvido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Galdino, Pablinny Moreira lattes
Orientador(a): Costa, Elson Alves lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Biologia (ICB)
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas - ICB (RG)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/4301
Resumo: A ansiedade está entre as patologias crônicas mais comuns em todo o mundo. Em Brasília (capital federal do Brasil) os transtornos de ansiedade afetam 12,1 % da população, sendo o diagnóstico psiquiátrico mais prevalente. Desde a introdução dos benzodiazepínicos na década de 60, eles têm sido os fármacos mais prescritos no tratamento da ansiedade, porém seus efeitos colaterais são proeminentes, tais como sedação, miorelaxamento, ataxia, amnésia e dependência farmacológica. Sendo assim, novas terapias são necessárias no tratamento dos transtornos de ansiedade e o estudo com plantas medicinais pode prover novas opções terapêuticas. A Spiranthera odoratissima A. St. Hillaire (Rutaceae), popularmente conhecida como manacá, é um arbusto encontrado em região de Cerrado utilizado na medicina popular para tratar doenças renais, hepáticas, dores de estômago e cabeça, e reumatismo. O objetivo deste trabalho foi avaliar as atividades farmacológicas do óleo essencial extraído das folhas de S. odoratissima (OEM) no sistema nervoso central, em camundongos, direcionando para o estudo do efeito tipo ansiolítico e possíveis mecanismos envolvidos. O OEM aumentou o número de cruzamentos e o tempo de permanência no centro do campo aberto sem alterar o número total de áreas cruzadas neste teste e o desempenho no teste da barra giratória. No teste do sono induzido por pentobarbital, o OEM reduziu a latência e aumentou o tempo de sono. Nos modelos experimentais de ansiedade, o OEM aumentou o número de comportamentos de mergulhos no teste da placa perfurada, as entradas e o tempo de permanência nos braços abertos no labirinto em cruz elevado (LCE). Além de aumentar também o número de transições e o tempo de permanência no compartimento claro no teste da caixa claro/escuro (CCE). Foi investigado o mecanismo de ação deste efeito tipo ansiolítico através do pré-tratamento com um antagonista benzodiazepínico (flumazenil) ou um antagonista de receptor 5- HT1A (NAN-190) nos testes de LCE e CCE. O efeito tipo ansiolítico do OEM foi antagonizado apenas pelo pré-tratamento com o NAN-190. Em conclusão, estes resultados sugerem que o óleo essencial de S. odoratissima possui efeito tipo ansiolítico sem alterar os parâmetros locomotores, sendo esse efeito mediado via receptor 5HT1A, mas não via sítio benzodiazepínico do receptor GABAA.