Recorrelações de gênero em contos da antologia do conto goiano II
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Letras - FL (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística (FL) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/3669 |
Resumo: | O objeto teórico deste estudo são as relações de gênero, que se delinearam nas sociedades a partir da organização das civilizações por meio dos contatos. À proporção que elas se organizavam, distinguiam-se os atributos e papéis de homens e mulheres. O propósito da pesquisa é verificar o modo pelo qual, no interior dessas relações, o homem veio a adquirir primazia sobre a mulher, e, em seguida, examinar a presença das relações de gênero em cinco contos goianos. O foco da análise literária é a violência dos personagens masculinos contra os femininos e o grau de adesão ou de resistência ao fenômeno. Os contos analisados fazem parte do segundo volume da Antologia do conto goiano, organizada por Vera Maria Tietzmann Silva e Maria Zaira Turchi (1994). Em decorrência do objeto literário, abordamos a evolução do sistema de gêneros desde o desenvolvimento das civilizações até o século XX, mostrando o surgimento e a perpetuação da estrutura de dominação masculina, mesmo após o amadurecimento das lutas feministas. Essas lutas, entretanto, não são estudadas sistematicamente, aparecendo apenas em referências esparsas. No concernente à adesão e à resistência, chamamos a atenção para o fato de que as identidades são construídas social e politicamente, de forma a estabelecer grupos de dominantes e dominados, e a gerar o reconhecimento dessa divisão como algo natural e, portanto, inevitável. A interiorização das identidades construídas demanda um trabalho constante de agentes situados, e, no caso das identidades genéricas, este é desempenhado pelas instituições e pelos homens, com suas práticas violentas. O efeito contínuo dessas práticas é que leva à adesão do dominado ao dominante, como acontece na quase totalidade dos contos analisados. Apesar disso, as personagens exploradas oferecem também certo grau de resistência, adotando atitudes defensivas, que, entretanto, não solucionam de vez o problema. Nenhuma delas consegue transpor radicalmente a condição negativa, enfrentada em comum pelo gênero feminino. |