Civilizar, higienizar, disciplinar: imagens republicanas na Escola de Aprendizes e Artífices da Cidade de Goiás (1909-1937)
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Faculdade de História - FH (RMG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em História (FH) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/13487 |
Resumo: | A pesquisa investiga as imagens instituintes que tornam coesas e legitimam a educação profissional em Goiás na primeira metade do século XX. Tem como foco a constituição do imaginário institucional da modernidade sob a educação profissional pública. Nela, os ideários da modernidade interpretam o passado, planejam o futuro e se legitimam em políticas específicas no campo educacional. O imaginário instituinte produz representações e práticas marcadas pela racionalidade e disciplinarização dos corpos, possui marcas no edifício escolar e são reforçadas por ritos e imagens institucionais. O recorte espaço temporal da pesquisa vai da criação da Escola de Aprendizes Artífices na cidade de Goiás (1910), até o período de sua transferência, durante a mudança da capital para Goiânia (1942). A tese de doutoramento pretende aprofundar a pesquisa e colocar foco na Escola de Aprendizes e Artífices da Cidade de Goiás, instituição que por suas singularidades em termos de aprendizagem, abrigou sociabilidades que permitem indagar sobre as disputas políticas, a base social dos educandos e os projetos educacionais em disputa em Goiás do início do século XX. O período enfocado (1910-1942) é de destacada importância e significação para desvendar as origens do ensino profissional e sua evolução no Brasil, a partir de políticas públicas voltadas para a construção do arcabouço de uma moderna sociedade do trabalho. A criação da Escola de Aprendizes Artífices de Goiás e as dos demais estados da República nascente, fez-se em um momento em que havia uma busca para superar antigas representações sobre o trabalho, sobre a infância e a menoridade. A intenção da Republica ao criar uma escola para os menores filhos dos “desfavorecidos da fortuna” era ordenada por uma racionalidade e por anseios de construir um cidadão laborioso e disciplinado. Assim a Escola de Aprendizes Artífices usou a formação disciplinar como estratégia para moldar o trabalhador ideal para a República. “Abandonados moral e materialmente”, esses alunos eram categorizados por vadios, mendigos, delinquentes e abandonados. A tese trabalha com a hipótese que o imaginário instituinte da República articulou os princípios do “novo” com a perspectiva educativa, considerando, sob o lema da civilização, do higienismo e da disciplinarização, as escolas de aprendizes e artífices como espaços privilegiados para formar e profissionalizar os excluídos socialmente. |