Estudo da atividade citotóxica, antitumoral e determinação do perfil tóxico de complexos de rutênio(II)/aminoácidos em células do tumor de Ehrlich in vitro e in vivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Mello, Francyelli Mariana dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade Farmácia - FF (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas (FF)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/4000
Resumo: Complexos de rutênio representam uma nova alternativa de quimioterápicos para o tratamento do câncer, com atividade em vários tipos de tumores, inclusive os resistentes a cisplatina, baixa toxicidade e seletividade para as células tumorais. Novos complexos de rutênio(II)/aminoácido (RuAA) foram testados contra células do tumor ascítico de Ehrlich (TAE), um carcinoma de mama murino, in vitro e in vivo. A concentração que inibe 50% o crescimento celular (IC 50 ) foi determinada pelo teste de MTT para as células de TAE e L929, fibroblasto murino. Com base nos valores de IC50 foi determinado o potencial seletivo dos complexos de RuAA e selecionados dois complexos de RuAA, denominados RuMet e RuTrp, mais promissores e a DL50 (dose letal mediana) foi estimada in vitro. O perfil tóxico dos complexos RuMet e RuTrp foi determinado pela toxicidade oral aguda pelo método de classe, screening hipocrático e a determinação do potencial genotóxico foi avaliada pelo ensaio cometa. A eficácia antitumoral dos complexos RuMet e RuTrp foi estabelecida pelo percentual de inibição do crescimento tumoral e o aumento da sobrevida in vivo após 24 h de inoculação do TAE. Camundongos Swiss foram tratados nas doses de 2 e 6 mg/Kg/dia, via intraperitoneal por 7 dias. Screening hipocrático, avaliação da viabilidade das células do TAE após tratamento, avaliação dos parâmetros hematológicos e bioquímicos também foram realizados. Os complexos de RuAA foram citotóxicos para as células do TAE in vitro com valor de IC 50 variando de 8,70 a 90,41µM. Os complexos de RuMet e RuTrp apresentaram potencial seletivo para as células do TAE. A estimativa in vitro de DL50 para os complexos RuMet e RuTrp foram superiores a 1000 mg/Kg, e in vivo estes complexos apresentaram baixa toxicidade e genotoxicidade. Os complexos RuMet e RuTrp apresentaram atividade antitumoral moderada a elevada em relação ao grupo veículo, com aumento do tempo médio de sobrevida (de 23,6 a 27,4 dias) e aumento percentua l de sobrevida (de 31 a 52%). Os complexos RuMet e RuTrp aumentaram o percentual de células de TAE mortas por apoptose. Não foram observados sinais de toxicidade ou alteração no comportamento dos animais. Parâmetros hematológicos apresentaram alteração na contagem de plaquetas nas doses de 6 mg/Kg/dia dos complexos de RuMet e RuTrp. A dosagem de lactato desidrogenase apresentou alteração na avaliação bioquímica. Os complexos de RuMet e RuTrp são eficientes, seletivos e potentes para células do tumor ascítico de Ehrlich apresentando citotoxicidade in vitro e atividade antitumoral in vivo, com aumento do tempo de sobrevida, com baixa toxicidade e genotoxicidade.