A constituição do meio técnico-científico em Goiás: relações de trabalho e luta de classes no setor sucro-energético

• Ano de defesa: 2014
• Autor(a) principal: Santos, Lucas Maia dos
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás; Instituto de Estudos Socioambientais - IESA (RG); Brasil; UFG; Programa de Pós-graduação em Geografia (IESA)
• Palavras-chave em Português: Meio técnico-científico; Território goiano; Relações de classe; Medio técnico-cientifico; Territorio goiano; Relaciones de classe; Technical and scientific environment; Territory goiano; Class relations; CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA
• Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/5152

Este trabalho analisa o processo de constituição do meio técnico-científico em Goiás. Em primeiro lugar, há que ressaltar a maneira como o termo é empregado. Embora tenha similaridades com a elaboração de Milton Santos, guarda também algumas diferenças. Esta pesquisa constata que o meio técnico-científico é a instauração de um meio geográfico (técnico) adequado às relações de produção capitalistas. Para que fosse realizada tal demonstração, foi necessário trazer para a cena outros conceitos, tal como o de regime de acumulação de capital, que permite entender, dentro da historicidade do capitalismo, as diferentes fases de instituição do meio técnico-científico. Neste processo de periodização, tanto da sociedade capitalista como um todo, quanto de seu processo de territorialização em Goiás, foi necessário colocar em tela o conceito de complexo agroindustrial, pois este é um dos principais vetores através do qual se estendeu por Goiás um meio técnico-científico. Após demonstrado como tal meio geográfico se consolidou no Estado de Goiás, é realizado o debate de como ele implanta no território determinados conflitos de classe. Para compreender os conflitos de classe característicos do meio técnico-científico, a pesquisa enfoca o município de Quirinópolis, momento no qual são analisadas as representações que os trabalhadores do município, ligados ao setor sucroenergético, tem de suas relações de trabalho. Por fim, conclui com as considerações finais, na qual apresenta a tese de que a tendência histórica da acumulação capitalista, tal como elaborada por Karl Marx, se confirma também na análise do meio técnico-científico, ou seja, no território do capital.