Coinfecção pelo Papilomavírus humano e Chlamydia trachomatis em adolescentes e jovens em Goiás
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública - IPTSP (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical e Saúde Publica (IPTSP) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/7314 |
Resumo: | As infecções pelo Papilomavírus humano (HPV) e pela bactéria Chlamydia trachomatis (CT) são de transmissão sexual e podem ter atuação sinérgica, em especial na indução de atipias no colo do útero. Um dos objetivos do estudo foi estimar a prevalência da coinfecção por HPV e CT em adolescentes e jovens sexualmente ativas, bem como avaliar a associação com anormalidades citológicas e fatores relacionados ao comportamento sexual, história ginecológica e obstétrica. Uma outra abordagem sobre a coinfecção em mulheres normais e nas portadoras de lesões do colo do útero foi realizada em uma revisão sistemática (RS). O estudo de corte transversal incluiu 276 adolescentes e jovens, do estado de Goiás, de 15 a 24 anos, sexualmente ativas. Um esfregaço convencional foi utilizado para avaliação das anormalidades citológicas. A detecção de DNA do HPV e da CT foi realizada por meio da reação em cadeia pela polimerase (PCR). As palavras chaves para a estratégicas de busca para RS no PubMed, LILACS foram: HPV and Chlamydia trachomatis, sendo que o desfecho primário foi a prevalência da coinfecção HPV/CT e o critério de inclusão utilizou o diagnóstico por PCR em mulheres normais e com lesões do colo do útero. A prevalência da coinfecção por HPV e CT foi 5,8% (IC95%: 3,3 - 9,2); sendo de 3,3% (IC95%: 1,5 - 6,1) por CT e um único tipo de HPV e de 2,5% (IC95%: 1,0 - 5,2) em associação com infecção por múltiplos tipos virais. A prevalência da infecção por CT foi de 9,1% (IC95%: 5,6 - 12,4). A prevalência de infecção por HPV foi de 47,1% (IC95%: 41,0 - 53,2). Trinta e seis tipos de HPV foram detectados. Os três mais prevalentes foram o HPV 16 (27,7%) seguido do HPV 68 (8,5%) e do HPV 52 (7,1%). A prevalência de anormalidades citológicas foi de 12,3% (IC95%: 8,68 - 16,79). As variáveis associadas à coinfecção HPV e CT e a infecção por CT foram o início da atividade sexual igual ou menor que 16 anos e a presença de anormalidades citológicas. Na RS, foram identificados 291 artigos no PubMed e 26 no LILACS, totalizando 317, dos quais13 foram incluídos para comporem a amostra total da revisão sobre a coinfecção de HPV/CT. A prevalência da co-infeção observada em estudos de corte transversal variou entre 0,7% e 24,6%. Infecções por HPV e CT são muito comuns entre jovens assintomáticas. Os resultados do estudo de corte transversal reforçam a necessidade de investimento em programas de rastreio para a CT e ratificam as medidas preventivas em especial a vacina para o HPV em pacientes com idade jovem antecedendo o início da atividade sexual. A RS mostrou que a prevalência da coinfecção aumenta na presença das lesões de colo de útero, reforçando a possível sinergia das infeções na indução de lesões do colo do útero. |