Avaliação do potencial mitigador da sílica ativa e do metacaulim frente à formação de etringita tardia – DEF em concretos

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Oliveira, Solanda de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás; Escola de Engenharia Civil e Ambiental - EECA (RMG); Brasil; UFG; Programa de Pós-graduação em Geotecnia, Estruturas e Construção Civil (EEC)
• Palavras-chave em Português: DEF; Sulfatos; Sílica ativa; Metacaulim; Temperatura; Concreto; Sulphates; Silica fume; Metakaolin; Temperature; Concrete; ENGENHARIAS::ENGENHARIA CIVIL::CONSTRUCAO CIVIL::PROCESSOS CONSTRUTIVOS
• Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/12946

A formação de etringita tardia - DEF (Delayed Ettringite Formation) ocorre ao longo do tempo no concreto endurecido, a partir de reações químicas que envolvem os íons sulfato (provenientes do cimento Portland), devido à exposição à elevadas temperaturas (acima de 60º-65ºC) durante as primeiras horas de hidratação da matriz cimentícia, seja pelo calor de hidratação especialmente em estruturas massivas, e em geral com elevados consumos de cimento, ou devido à curas térmicas. A DEF pode promover danos às estruturas ao longo do tempo e comprometer a segurança e a durabilidade das construções e estruturas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o uso de adições minerais pozolânicas, quais sejam sílica ativa (SA) e metacaulim (MTC), em vários teores e, em substituição parcial ao cimento de alta resistência inicial, tipo CP V-ARI (misturas binárias) em argamassas e concretos para mitigar expansões e danos devidos à DEF. A DEF foi induzida em laboratório e as propriedades físicas, mecânicas, e microestruturais foram avaliadas no tempo. Uma análise global de todos os parâmetros investigados e a quantificação dos danos da DEF, por meio do índice de deterioração, foram efetuadas. Como resultados, a argamassa de referência (REF) atingiu expansões bastante elevadas da ordem de 0,90% aos 450 dias e as argamassas com adições, expansões inferiores a 0,04% aos 450 dias. No que tange a expansão dos concretos, o de referência apresentou expansão de 1% na idade de 365 dias, o concreto SA8 (com 8% de sílica ativa) de 0,30% e os demais concretos SA12 (com 12% de sílica ativa), MCT12 (com 12% de metacaulim) e MTC14 (com 14% de metacaulim) apresentaram expansões abaixo de 0,05% na idade de 350 dias. Houve diferenças significativas no tipo e no teor das adições, com melhor desempenho para as adições com os maiores teores de metacaulim e sílica ativa. O módulo de elasticidade apresentou reduções de cerca de 15% (MTC12) até 70% (REF), a resistência à compressão reduções de 10% (MTC) a 44% (REF) e a resistência à tração reduções de até 40% (REF e SA8), sendo o MTC quem sofreu menos. Os índices de deterioração variaram cerca de 300 e 700 para os concretos estudados, sendo maiores para aos concretos REF e SA8. Por fim, conclui-se que as adições minerais testadas, nos teores avaliados, não se mostraram plenamente capazes de mitigar a DEF, não sendo, portanto, suficientes para conter a sua ocorrência e o seu desenvolvimento no tempo.