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A festa de São João Batista: da genealogia dos lugares às redes sociais e a (re)conformação do território

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: LAGARES, Mirne-gleyde
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Ciências Humanas
BR
UFG
Mestrado em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tde/1868
Resumo: A festa de São João Batista estudada acontece anualmente entre o município de Heitoraí-GO e o distrito de Uruíta-Uruana-GO. É uma festa rural, ocorre por volta do dia 23 de junho e possui caráter transitório anual. O trabalho de organização não é remunerado e a comida e doce servidos no último dia são gratuitos. Todos os rituais, despesas e o próprio trabalho são realizados coletivamente pelas comunidades residentes em tais áreas. A festa de São João Batista iniciou-se, segundo entrevistados, para o pagamento de uma promessa feita para o córrego local voltar a ter água no seu leito. Neste contexto, indaga-se: Quais e como os fatores e/ou manifestações socioculturais (re)configuram anualmente o território da festa de São João Batista? O que mantêm vivo um território festivo tão diferente dos comumente vividos em outras festas na atualidade? Qual o papel dos mitos, tradição, rituais, lugares de memória , das redes sociais e do cotidiano na (re)configuração da festa? Para responder a estes questionamentos, recorre-se à sociologia, a antropologia, a geografia, entre outras. Nestas ciências, busca-se ampliar o conhecimento sobre as categorias território, lugar e festa, embasadas no conceito de redes sociais e cotidiano, para se compreender as manifestações culturais da festa de São João Batista. Para tanto, as técnicas metodológicas utilizadas foram subsidiadas pelas ciências humanas como: observação-participante, entrevistas, conversas informais, rodas de conversas com os fiéis-participantes, fotos, folders e revisão teórico-metodológica. Para a análise dos lugares, do território e das redes sociais na festa de São João Batista vários autores foram referenciados: Paul Claval (1999, 2001), Bonnemaison (2002), Duvignaud (1983), Satyro Maia (2003), Chianca (2006), Barcellos (1995), Serpa (2005), Haesbaert (2006, 2007), Brandão (2004), Almeida (2003; 2005), Pessoa (2005), DaMatta (1997), Canclini (2003), Massey (2000), Rosendahl (2003), entre outros. Os resultados ressaltam a importância das redes sociais e do cotidiano na manutenção atual do território da festa de São João Batista. Enfatizam a força das comunidades rurais, bem como, de suas identidades geridas a partir de uma base em comum, a lida permanente com a natureza. Também os resultados reforçam a existência de vários outros fatores como os lugares de memória , os geossímbolos , os lugares temporários , os rituais sagrados/profanos, a força da tradição festiva, as transformações que (re)significam o território da festa de São João Batista. Os elementos destacados acima fazem parte da (re)configuração deste território festivo, estando, cada qual, entrelaçado na (re)formação frequente da teia da festa de São João Batista. Enfim, tonifica a idéia de que a fronteira deste território festivo está nos homens, na identidade que possuem, a qual influencia diretamente no sentido de festejar, perceber e viver a festa de São João Batista.