Desenvolvimento de teste rápido para diagnóstico de Hantavirose humana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Guimarães, João Pedro Tôrres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública - IPTSP (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical e Saúde Publica (IPTSP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/7200
Resumo: A Hantavirose humana é uma doença pulmonar grave causada pelo Hantavírus, patógeno que está relacionado, principalmente, com roedores selvagens, animais insetívoros e pequenos mamíferos (musaranhos, toupeiras e morcegos). Em humanos, a doença é denominada Síndrome Cardiopulmonar pelo Hantavírus (HCPS), a qual possui altos índices de mortalidade (~50%). No Brasil, foram confirmados 1.871 casos de HCPS, com 789 óbitos entre os anos de 1993 a 2016. Os sintomas em humanos são pouco característicos na fase inicial, semelhantes aos de doenças como a Dengue e Febre Amarela, o que dificulta o diagnóstico. Portanto, existe a necessidade de métodos de diagnóstico rápidos e precisos para Hantavirose. Para auxiliar no diagnóstico da Hantavirose, objetivamos desenvolver um teste rápido e simples, baseado em imunocromatografia. Neste trabalho são apresentados resultados obtidos com 3 protótipos de testes compostos por uma membrana de nitrocelulose (NC) com a proteína do nucleocapsídeo recombinante (rN) específica de Hantavírus impregnada na forma de uma linha, atuando como agente de captura dos anticorpos na amostra, e outra linha paralela posterior à do antígeno com proteína A como controle da reação. Numa das extremidades da NC temos a zona receptora de amostra composta por fibra de celulose e uma fita de microfibra de vidro contendo os anticorpos anti-IgM e/ou anti-IgG humanas conjugados com ouro coloidal e, na outra extremidade por uma zona de absorção composta por fibra de celulose. Foram avaliadas 163 amostras, dentre elas, soros positivos para Hantavírus, Dengue, Mayaro, Oropouche, Febre Amarela, Malária (P. falciparum), Malária (P. vivax), Parvovírus B19, Rubéola, HIV, Chikungunya e soros de doadores de sangue sadios. Após diversas avaliações, o protótipo para detecção de IgM e IgG simultaneamente, com concentração C de proteína rN na linha teste, ponto de corte 1 e tempo de leitura dos resultados de 10 minutos foi escolhido, apresentando 100% de sensibilidade, 99,3% de especificidade, 90,9% de VPP e 100% de VPN. Espera-se que o produto deste estudo auxilie no diagnóstico dos casos graves de Hantavirose melhorando o prognóstico dos pacientes e diminuindo os altos índices de fatalidade de HCPS, além disso, auxiliando na promoção à saúde, através da realização de estudos epidemiológicos promovendo assim a construção de estratégias de prevenção da infecção pelo Hantavírus.