Trabalho na construção civil no Brasil: feminização, segmentação e consubstancialidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Jorge, Maria Aparecida Sanches Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Ciências Sociais - FCS (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Sociologia (FCS)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/9831
Resumo: O trabalho na construção civil: feminização, segmentação e consubstancialidade analisou o processo de inserção das mulheres no setor de edificação no Brasil nas ocupações que exigem escolaridade de nível superior, como as engenheiras civis, arquitetas e técnicas em segurança do trabalho e ocupações de baixa escolaridade como as ajudante de obras, rejuntadeiras, pedreiras, aplicadoras de revestimento cerâmico e pintoras e como se processa a segmentação de suas carreiras e a consubstancialidade de gênero, classe e raça que promovem a redução das oportunidades das mulheres no setor. O objetivo da tese é analisar o processo de feminização e segmentação do trabalho das mulheres em suas ocupações, tanto nos cargos de chefia e como no trabalho manual do setor de acabamento em comparaçãocom os homens da construção civil do Brasil, sob a influência de gênero, classe e raça e suas relações de consubstancialidades. As abordagens e métodos adotados voltam-se para utilização da pesquisa qualitativa e quantitativa, por meio do procedimento da triangulação visando atender às finalidades da pesquisa de forma comparativa, descritiva e exploração ampla dos fenômenos. As entrevistas foram realizadas mediante a técnica de amostragem intencional snowboll. As análises foram realizadas com o cruzamento de várias fontes de informações e dados, seja através dos dados estatísticos do Programa de Disseminação de Estatística do Trabalho – PDET, ou do cruzamento de gênero, raça e remuneração com o soltware SPSS, com informações coletadas da RAIS e PNADC. Os resultados da pesquisa destacam que a organização do trabalho feminino e sua convergência entre gênero, classe e raça atuam para reduzir as oportunidades das mulheres na construção civil, por meio de relações sociais que são consubstancializadas provocadas por seu entrelaçamento e separação de homens e mulheres (separação porque classe separa gênero e raça, gênero separa raça e classe e raça separa gênero e classe) ao mesmo tempo, fortalecendo as desigualdades e discriminações no trabalho feminino no setor de edificação. A divisão sexual do trabalho é a substância comum que mantém ativas as desigualdades e inferioridades no mercado de trabalho para as mulheres. E o processo de feminização e segmentação se configuram sobre os efeitos ou consequências da consubstancialidade e separação de gênero, classe e raça.