Caracterização e germinação de Dendrocalamus asper (Schultes f.) Backer ex Heyne (Poaceae: Bambusoideae)
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Goiás
Escola de Agronomia - EA (RG) Brasil UFG Programa de Pós-graduação em Agronomia (EA) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/9757 |
Resumo: | O bambu possui potencial para substituir espécies florestais tradicionais, não havendo espécie florestal que possa competir em velocidade de crescimento e aproveitamento por área. De florescimento infrequente, os frutos raramente estão disponíveis e apresentam baixa viabilidade. Estudos sobre morfologia, germinação e emergência são importantes para a utilização adequada desse recurso no momento de sua disponibilidade. O objetivo deste trabalho foi caracterizar morfologicamente frutos, espiguetas e plantas jovens de Dendrocalamus asper, assim como avaliar técnicas para a potencialização de sua capacidade germinativa e de emergência. Para identificar as características morfológicas de frutos e espiguetas foram avaliados: largura, comprimento, massa fresca, peso de mil unidades, condutividade elétrica de massa, grau de umidade e características morfológicas externas. Para caracterização morfológica de plantas jovens foram avaliados 37 indivíduos, com base nas características vegetativas: características do colmo, ramificações e folhas. No teste de germinação e emergência foi adotado delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições de 50 frutos, esquema fatorial 2x4, totalizando oito tratamentos (duas temperaturas de armazenamento e quatro tratamentos de frutos), determinando-se: germinação total (GT), índice de velocidade de germinação (IVG), emergência total (ET) e índice de velocidade de emergência (IVE). Em laboratório foi realizada germinação in vitro de frutos, em meio MS modificado com 5 mg.L-1 de BAP, solidificado com ágar. Observou-se espigueta fusiforme a elipsoide, glabra, de coloração palha com 5,94 mm de comprimento por 3,47 mm de largura e 0,02 g de massa, em média. O fruto é do tipo cariopse, fusiforme a subgloboso, com pericarpo liso, glabro e rígido, de coloração marrom, com 4,08 mm de comprimento por 2,56 mm de largura e 0,018 g de massa, em média. Para frutos com glumas (espiguetas): o peso de mil unidades foi de 18,749 g, com grau de umidade de 20% e condutividade elétrica de 33,16 μS.cm-1.g-1. Para frutos sem glumas: o peso de mil unidades foi de 16,184 g, grau de umidade de 11% e condutividade elétrica de 10,12 μS.cm-1.g-1. A planta jovem com 170 dias apresentou rizoma paquimorfo, colmo herbáceo, ereto, cilíndrico, piloso, de coloração verde a arroxeado, com média de 278,02 mm (64,61-419 mm) de altura e 3,83 mm (1,03-5,4 mm) de diâmetro. Entrenós pilosos, ocos e sem espinhos. Folhas do colmo eretas, pseudopecioladas, alternadas com coloração variando entre verde claro (46%), verde escuro (43%), variegada (8%) e albina (3%). Limbo foliar piloso, lanceolado com ápice rostrado. Bainha fechada, sem cerosidade, pilosa, de coloração verde a arroxeada, cobrindo todo o colmo. Lígula evidente e pilosa. As temperaturas de armazenamento e a interação entre temperaturas de armazenamento e tratamento de frutos não tiveram influência significativa na germinação e emergência das cariopses de D. asper. Os tratamentos dos frutos tiveram influência significativa na germinação e emergência das cariopses. O melhor tratamento (frutos sem glumas) apresentou em média 4,5% de germinação, índice de velocidade de germinação de 1,07, 2,5% de emergência e índice de velocidade de emergência de 0,20. A taxa de germinação in vitro foi de 65,85%. Concluiu-se os tratamentos dos frutos influenciam a capacidade germinativa de cariopses e a emergência de plântulas, sendo que a retirada das glumas propicia melhores resultados. A germinação in vitro de D. asper é viável, sendo uma alternativa mais eficiente para o aumento da taxa de germinação da espécie. |