Desempenho, qualidade de ovos e parâmetros intestinais de poedeiras leves alimentadas com rações contendo butirato de sódio protegido

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Pires, Marília Ferreira
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás; Escola de Veterinária e Zootecnia - EVZ (RG); Brasil; UFG; Programa de Pós-graduação em Zootecnia (EVZ)
• Palavras-chave em Português: Butirato de sódio; Desempenho; Desenvolvimento intestinal; Metabolizabilidade de nutrientes; Qualidade de ovos; Sodium butyrate; Performance; Intestinal development; Metabolization of nutrients; Quality eggs; PRODUCAO ANIMAL::CRIACAO DE ANIMAIS
• Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/7502

Objetivou-se com o presente estudo avaliar o efeito da adição de níveis crescentes de butirato de sódio protegido na ração de poedeiras comerciais, a partir de 61 semanas de idade, sobre o desempenho, qualidade de ovos e parâmetros intestinais. Os tratamentos foram: 0, 105, 210 e 300 g/t de butirato de sódio protegido na ração. Para avaliação do desempenho e qualidade de ovos, foram utilizadas 320 poedeiras comerciais da linhagem Dekalb Whyte (61 a 76 semanas de idade) alojadas em gaiolas e distribuídas em delineamento em blocos ao acaso (sendo o peso das aves blocado), com quatro tratamentos e oito repetições de 10 aves. O experimento teve duração de 16 semanas divididas em quatro períodos de 28 dias cada. As 76 semanas de idade foram separadas 48 aves para o ensaio metabólico, com quatro tratamentos e seis repetições de duas aves. Ao final do ensaio metabólico foi sacrificada uma ave por repetição para análise de desenvolvimento intestinal. Foi realizado análise de variância e regressão polinomial dos dados com auxílio do programa estatístico R. Com relação ao desempenho, para o período de 73 a 76 semanas de idade houve efeito linear negativo para conversão alimentar (kg ração/kg de ovos). Para as variáveis de qualidade de ovos foram observados efeito linear crescente para espessura da casca nos períodos de 61 a 64 e 65 a 68 semanas, e nos períodos de 69 a 72 e 73 a 76 semanas foram observados efeito quadrático com ponto de máxima em 199 e 174 g/t de butirato de sódio protegido, respectivamente. Para gravidade específica foi encontrado efeito quadrático com ponto de máxima em 177 g/t de butirato de sódio protegido apenas no período de 73 a 76 semanas. Para a porcentagem de casca foi encontrado efeito quadrático nos períodos de 69 a 72 e 73 a 76 semanas, com ponto de máxima em 89 e 172 g/t de butirato de sódio protegido, respectivamente. Para índice de gema encontrou-se efeito quadrático no período de 69 a 72 semanas de idade com ponto de mínima em 189 g/t de butirato de sódio protegido. Ao avaliar índice de albúmen, encontrou-se efeito linear negativo no período de 69 a 72 semanas de idade. Para unidade Haugh houve efeito de regressão apenas no período de 65 a 68 semanas com efeito quadrático, apresentando ponto de máxima em 142 g/t de butirato de sódio. No período total foi observado efeito quadrático para espessura de casca, porcentagem de casca e resistência à quebra, nos quais foram encontrados pontos de máxima em 193; 136 e 198 g/t de butirato de sódio protegido, respectivamente. Ao avaliar índice de gema no período total, encontrou-se efeito quadrático com ponto de mínima em 181 g/t. Para as variáveis de desenvolvimento intestinal, foi encontrado efeito linear negativo para comprimento do jejuno. Para altura de vilos, foi encontrado efeito linear crescente no duodeno e jejuno. Para profundidade de criptas, foi encontrado efeito quadrático no jejuno, com ponto de mínima em 151 g/t de butirato de sódio protegido. Para a variável relação vilo/cripta, foi encontrado efeito linear crescente no duodeno e jejuno, e efeito quadrático no íleo, com ponto de máxima em 171 g/t. Para BN foi encontrado efeito quadrático com ponto de máxima em 93 g/t, e para BEE foi encontrado efeito linear crescente. Para as variáveis EMA e EMAn foram encontrados efeito linear crescente. A adição de butirato de sódio protegido na dieta de poedeiras comerciais não influenciou no desempenho das aves, mas melhorou a qualidade de casca e os parâmetros intestinais (desenvolvimento intestinal e metabolizabilidade de nutrientes). Recomenda-se, para melhorar a qualidade de casca de ovos em poedeiras na fase final de produção, o nível de 150 g/t de butirato de sódio protegido. Para desenvolvimento intestinal e metabolizabilidade da energia da dieta o nível de 300 g/t do butirato de sódio protegido.