Lacunas de conservação de primatas na Amazônia brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ferreira, Alexandre Mesak
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Instituto de Ciências Biológicas - ICB (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Biodiversidade Animal (ICB)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/8493
Resumo: A perda e fragmentação de habitat, mesmo em áreas potencialmente protegidas, vêm restringindo globalmente a distribuição geográfica de primatas que podem contribuir para a manutenção de ecossistemas tropicais e seus serviços. Na Amazônia, bioma com a maior diversidade de primatas, 16 táxons estão atualmente ameaçados de extinção. Analisamos a quantidade de área adequada a estes primatas que é perdida por desmatamento e o potencial espacial que Unidades de Conservação e Terras Indígenas teriam em sua conservação. Fizemos modelos de distribuição (distribuição potencial), estimamos a distribuição real (distribuição potencial menos o desmatamento atual), e a distribuição esperada (distribuição real menos o desmatamento esperado para o futuro). Realizamos uma análise de lacuna sobrepondo as três distribuições estimadas com as áreas de UCs e TIs em três cenários; (1) apenas com Unidades de Proteção Integral (PIs); (2) PIs + Unidades de Uso Sustentável (USs); e (3) PIs + USs + Terras Indígenas (TIs). Calculamos a quantidade de área de distribuição que deveria estar dentro dessas áreas (meta de conservação) e testamos o alcance das metas em cada cenário. Dois primatas não têm suas metas atingidas considerando PIs + US + TIs. Entretanto, considerando-se a distribuição real e esperada após o desmatamento futuro, USs aumenta em média o alcance das metas alcançadas por PIs em mais de 120%, e TIs aumentam o alcance das metas por PIs + USs em mais de 75%. Concluímos que USs e TIs sozinhas teriam um maior potencial em proteger os primatas ameaçados do que PIs (criadas exclusivamente para a preservação da biodiversidade), e que a inclusão de TIs como uma área de proteção da biodiversidade seria um grande avanço na conservação dos primata amazônicos ameaçados.