Busca de novo protótipo a base de rutênio candidato à utilização na terapia antineoplásica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Faria, Raquel Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Instituto de Ciências Biológicas - ICB (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Biologia (ICB)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/6717
Resumo: A estimativa do IARC aponta que ocorrerão 27 milhões de novos casos de câncer no mundo até 2030. Em decorrência do aumento no numero de casos de câncer no mundo, houve uma intensificação na busca de novos quimioterápicos que sejam eficientes para o tratamento do câncer. A indústria farmacêutica, portanto, intensificou a busca por novas drogas à base de metal que ofereçam possibilidade de administração oral, diminuição de efeitos colaterais graves e redução de custos clínicos. Devido ao exposto, foi avaliado o potencial citotóxico, genotóxico, a interferência na cinética do ciclo celular e o mecanismo de morte celular de [RuCl(bcn)(phen)(dppb)]PF6,um novo complexo de rutênio (II). A citotoxicidade foi avaliada pelo teste do MTT e este mostrou que o complexo testado apresentou inibição da viabilidade na célula tumoral de Sarcoma 180 (S180) em concentrações baixas (IC50 8.89 μM ± 3.9) e uma citotoxicidade em concentração maior para linfócitos normais (IC50 17 μM). [RuCl(bcn)(phen)(dppb)]PF6 também apresentou letalidade significativa no teste de Artemia salina (CL50 300.31 μg mL). O teste cometa indicou que o composto não é genotóxico para células de linfócitos, pois não apresentou aumento significativo de dano ao DNA nos linfócitos tratados, e apresenta baixa genotoxicidade para as células tumorais (S180). O complexo [RuCl(bcn)(phen)(dppb)]PF6 induziu mudanças no ciclo celular, identificado pelo teste de citometria de fluxo, aumentando a quantidade de células na fase G0/G1 e diminuindo na fase de síntese em 24 horas de tratamento. O complexo também induziu o aumento da quantidade de células positivas para Anexina-V/PI pelo teste de citometria de fluxo, sugerindo morte celular por apoptose. Pelo teste de Western Blot, foi possível inferir que o complexo pode estar desencadeando morte celular por apoptose via intrínseca e independente de caspase. Porém, outros marcadores específicos são necessários para compreender qual a cascata de eventos de apoptose via intrínseca que está efetivando esse processo de morte celular, e se somente esta via está sendo ativada no processo de apoptose, elucidando assim, o mecanismo de ação nas células de S180. Portanto, este composto apresentou citotoxicidade para células tumorais, com alta segurança de uso, devido ausente genotoxicidade em células normais, baixa genotoxicidade em células tumorais, e que possivelmente atua via apoptose intrínseca e independente de caspases.