Tratamento dos resíduos de fossas e tanques sépticos em um sistema de alagado construído

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Siqueira, Elisa Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil - EEC (RG)
Brasil
UFG
Programa de Pós-graduação em Engenharia do Meio Ambiente (EEC)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tde/2936
Resumo: Devido à carência do serviço público de esgotamento sanitário no país, os Sistemas Individuais de Tratamento e Disposição de Esgoto Doméstico (SITDE) ainda são muito utilizados. Os SITDE necessitam de manutenção com realização de limpeza e, no momento da execução desta limpeza ocorre a geração do chamado Resíduo de Fossas e Tanques Sépticos (RFTS). Este material possui elevada carga de poluentes e presença de organismos patogênicos devendo ser destinado corretamente de forma a garantir a qualidade do meio ambiente e preservar a saúde pública. Neste contexto, tecnologias de baixo custo e com potencial para implantação em pequenos núcleos populacionais surgem como uma alternativa de tratamento. Este trabalho objetivou avaliar a eficiência do Sistema de Alagado Construído (SAC) com a espécie vegetal capim Vetiver (Chrysopogon zizanioides) no tratamento da fração líquida dos RFTS. Foi construído um sistema experimental com a implantação de dois tanques idênticos. Um tanque recebeu a vegetação e o outro operou como controle (testemunha). Os tanques foram preenchidos com substrato formado por brita #0, brita #1 e areia média. O sistema de alagado construído (SAC) atuou em regime de fluxo vertical subsuperficial descendente e o RFTS foi aplicado no sistema em regime de batelada permanecendo nos tanques por um período de 6 (seis) dias. O RFTS afluente ao sistema de tratamento foi caracterizado segundo os parâmetros pH, óleos e graxas totais, nitrogênio amoniacal, sólidos sedimentáveis, coliformes totais, Escherichia coli, sólidos totais, sólidos fixos, sólidos voláteis, Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e fósforo total. O RFTS tratado pelo SAC foi analisado conforme os mesmos parâmetros e os resultados foram comparados com o estipulado para a disposição em corpos hídricos de classe 2, conforme a Resolução 430/2011 do Conama e o Decreto estadual 1.745/1979, do Estado de Goiás. A eficiência na remoção dos atributos foi calculada considerando o fenômeno da evapotranspiração, que apresentou taxa média de 38,11% no SAC. O RFTS afluente ao sistema experimental apresentou grande variabilidade nas concentrações dos atributos. Os resultados foram submetidos ao teste F (5% de probabilidade). Estatisticamente os tratamentos (tanque vegetado e tanque controle) diferiram apenas para a remoção da DBO onde o SAC foi mais eficaz com a remoção média de 86,80%, enquanto o tanque controle apresentou incremento médio de 65,94%. As concentrações médias de saída do SAC atenderam ao disposto pelas legislações federal e estadual para lançamento em corpos hídricos de classe 2.