A gestão escolar na proposta curricular de Santa Catarina: intencionalidades e tensionamentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Borin, Aline
Orientador(a): Petry, Oto João
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Campus Chapecó
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1139
Resumo: Este estudo buscou analisar a configuração da gestão escolar nos documentos da Proposta Curricular de Santa Catarina datadas de 1991, 1998, 2005 e 2014. Esse processo ocorreu a partir de dois termos emancipação e performatividade, revelando as intencionalidades e os tensionamentos da gestão escolar na educação catarinense a partir da década de 1980. A questão norteadora das discussões foi De que forma está concebida a gestão escolar na Proposta Curricular de Santa Catarina? Partimos do entendimento de que os documentos curriculares elaborados pelos técnicos da Secretaria de Estado da Educação e pelo coletivo de professores do Estado catarinense buscam atender as necessidades da educação no seu cotidiano. A importância em responder a esse questionamento reside em refletir sobre o processo de gestão escolar evidenciado pelos documentos curriculares para as escolas catarinenses, por isso, o desenvolvimento da pesquisa trouxe o processo histórico de elaboração desses documentos ligados aos acontecimentos ocorridos em âmbito estadual e nacional, que caracterizam as intenções e tensões da época. Fizeram parte desta análise seis cadernos das Propostas Curriculares, publicados e atualizados entre o período de 1991 a 2014, utilizou-se nesses cadernos a análise de conteúdo como procedimento metodológico com suas peculiaridades. Como partimos da discussão de dois termos para identificar as ações propostas pelos documentos curriculares em relação à gestão escolar, assumimos a princípio que a perspectiva da emancipação seria a mais adequada para o desenvolvimento dos sujeitos no contexto escolar. No entanto, diante dos dados analisados nas Propostas Curriculares, foi possível verificar que esses documentos assumem a perspectiva do materialismo histórico dialético e a abordagem históricocultural. Esse pensamento adentrou a educação catarinense após o período de redemocratização do país a partir de 1980, década em que teve início a elaboração do primeiro documento curricular. As demais atualizações da Proposta Curricular mantêm essa perspectiva teórica, abordando disciplinas curriculares, temas multidisciplinares, formação docente, eixos curriculares e a educação integral. A análise perpassou a gestão escolar destacada como eixo principal, a performatividade e emancipação como categorias e subcategorias que emergiram: currículo, interdisciplinaridade, Projeto Político-Pedagógico, Educação Integral, omnilateralidade e percurso formativo. As conclusões permitem constatar que a Proposta Curricular não destaca capítulo específico para discussões sobre a gestão escolar. Foram localizados fragmentos no interior do texto que caracterizam aproximações sobre a gestão, por isso, ao levantar as subcategorias ligadas à categoria emancipação, foi possível constatar que juntamente com as discussões sobre gestão escolar democrática, a PC assegura a elaboração do Projeto Político-Pedagógico e do currículo através da participação e interdisciplinaridade, considerando o percurso dos sujeitos proporcionando a educação integral.