Biologia e mortalidade de Spodoptera frugiperda (J. E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) em milho tratado com silício e inoculante Azospirillum brasilense, sob condições de laboratório e campo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marchioro, Suelhen Thais
Orientador(a): Fernandes, Aline Pomari
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável
Departamento: Campus Laranjeiras do Sul
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3724
Resumo: A cultura do milho possui grande importância no cenário agrícola e seu potencial produtivo é afetado em decorrência de uma série de fatores, como por exemplo, o ataque de pragas. A espécie Spodoptera frugiperda é considerada a principal praga da cultura, causando perdas qualitativas na planta e quantitativas na produção, dependendo do estádio fenológico da planta. Atualmente, seu controle é realizado principalmente com cultivos transgênicos ou através da aplicação de inseticidas. No entanto, ambos têm ocasionado à seleção de populações resistentes, dificultando seu controle. Diante disso, cresce a busca de alternativas que reduzam os impactos ambientais, mantenham a praga abaixo do nível de controle. Diante disso, este trabalho objetivou utilizar o silício e inoculante Azospirillum brasilense como alternativa de controle de S. frugiperda, bem como verificar se a utilização dos mesmos induzem a resistência da planta ao ataque da lagarta. Para tanto, inicialmente foram criadas lagartas S. frugiperda para realização de bioensaios com objetivo de avaliar a biologia e comportamento das mesmas, bem como a indução de resistência a partir da utilização de silício e inoculante biológico. Os resultados identificaram menor preferência alimentar, maior mortalidade, menor desenvolvimento larval no segundo instar e período larval total, menor peso de pupas e maior número de indivíduos deformados quando as lagartas foram alimentadas com plantas tratadas com silício. Posteriormente, realizou-se quantificação de silício através do método amarelo e avaliou-se a indução de resistência na planta em folhas onde foram quantificadas a atividade das enzimas peroxidase e fenilalanina amônia-liase (FAL). Os resultados não constataram diferenças entre os tratamentos no quantitativo de silício, porém maior quantidade de silício em folhas velhas em relação às folhas novas nos tratamentos contendo silício. Na indução de resistência, não observou aumento nas atividades em nenhum tratamento. E por fim, realizou-se trabalho de campo com objetivo de avaliar desfolha, parasitismo e inimigos naturais. Neste estudo os resultados não identificaram diferenças entre os tratamentos quanto ao número de lagartas, parasitismo natural e número de predadores. No entanto, verificou-se redução de desfolha ao longo do período vegetativo da cultura do milho com os tratamentos contendo silício. Com isto, é possível concluir que o silício independente da forma de aplicação auxilia no controle de S. frugiperda e atua no comportamento e biologia. Porém, neste trabalho o silício não conferiu aumento de atividades enzimáticas, tendo necessidade de outros estudos.