Biblioteca escolar infantil: um estudo das políticas federais às práticas locais em municípios do sudoeste do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Moreira, Marina
Orientador(a): Petry , Oto João
Banca de defesa: Gehrke, Marcos, Barleta, Ilma de Andrade, Scherma, Camila Caracelli, Andreis, Adriana Maria
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Campus Chapecó
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3829
Resumo: Este estudo se inscreve na linha de pesquisa “Políticas Educacionais” do Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado Acadêmico – da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Chapecó, com apoio de bolsa FAPESC. Tem como objetivo compreender de que forma as políticas educacionais brasileiras se estruturam para constituir a biblioteca na Educação Infantil em municípios do sudoeste do Paraná. Para fundamentar essa dissertação ancoramos nosso estudo em autores que têm refletido e pesquisado o tema da Biblioteca Escolar (CAMPELLO, 2002, 2003; MILANESI, 2013; GEHRKE, 2014, 2018; PATTE, 2012; DURBAN ROCA, 2012). Como questão orientadora da pesquisa temos: Como as políticas educacionais brasileiras se estruturam para constituir bibliotecas de Educação Infantil em municípios do sudoeste do Paraná? A metodologia adotada possui abordagem qualitativa, envolvendo o contato direto do pesquisador com o objeto de estudo, para tanto, a pesquisa tramitou e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFFS. Para o tratamento dos dados, optamos por utilizar a análise de conteúdo, sugerida por Bardin (2016). Partindo dessa abordagem, foram definidas três grandes categorias de análise, a saber: lugar, política e gestão municipal. As análises indicaram que existe amparo legal para a constituição das bibliotecas escolares em instituições de Educação Infantil, ligadas prioritariamente às áreas da educação e da cultura. Entretanto, essas ações do Governo Federal não se estruturam para garantir a efetiva presença das bibliotecas escolares nas instituições públicas. Evidenciamos, no transcurso dessa pesquisa, que o “Lugar Biblioteca Escolar Infantil” é um direito da criança, devendo ser reivindicado como garantia de uma educação de qualidade, e de democratização do acesso aos bens culturais. Evidenciando a autonomia dos entes federados, essa dissertação buscou nos nove municípios pesquisados a consolidação das políticas locais e percebeu que suas ações têm seu foco na construção dos Planos Municipais de Educação, que, mesmo contando com a presença da biblioteca em todos eles, os municípios não sustentam o fomento dela na Educação Infantil. De modo geral, os gestores apresentaram dificuldades em conceituar a biblioteca escolar, relacionando-a apenas com o acervo, ou com a presença do bibliotecário. Contudo, entendemos que para a real existência de um “Lugar Biblioteca Escolar infantil”, precisamos fundamentalmente arquiteta-lo na tétrade: sujeito, acervo, espaço, e intenção. Como medida paliativa, os Gestores Municipais desenvolvem estratégias na tentativa de suprir a ausência desse recurso pedagógico. Diante disso, constatamos que essas tentativas, mesmo ocasionando inúmeros benefícios às crianças, não devem ser entendidas enquanto substitutas das bibliotecas escolares, mas sim, como parte da concepção de uma biblioteca escolar infantil “em movimento”, que pensada para atender as necessidades da criança, possibilita o desenvolvimento da autonomia, fomentando o pensamento emancipado.