Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Presa, Rosecleia Burei |
Orientador(a): |
Christoffoli, Pedro Ivan |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável
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Departamento: |
Campus Laranjeiras do Sul
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3816
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Resumo: |
O cooperativismo que, emergiu como uma forma organizativa de resistência ao capitalismo, vai ao longo da história se moldando e se adaptando como forma de sobrevivência ao mercado. O modelo cooperativo, que tem como princípios a organização e participação do quadro social nas suas decisões, acaba por incorporar estratégias capitalistas. Entre meio a essas alterações de ordem econômica e social, muitas estratégias adotadas evidenciam um distanciamento por parte de algumas cooperativas, de seu surgimento histórico enquanto organização social, de ajuda mútua e participação igualitária. Neste novo contexto organizativo, que alia a disseminação do capital financeiro na agricultura através da promoção e incentivo ao modelo produtivo do agronegócio, que fomenta a concentração e centralização de posses e renda, apresentam-se alguns agrupamentos cooperativos. A prática da intercooperação entre cooperativas oferece relevantes vantagens organizativas, fortalecendo-as, minimizando ou suprindo deficiências entre as participantes. Ocorre, porém que, alguns aspectos caracterizantes da intercooperação não convergem com a lógica capitalista de atuação no mercado, se assemelhando mais a conglomeração que por vezes, podem se constituir em conglomeração do tipo de capital financeiro. Neste contexto, este estudo objetiva identificar os tipos de relações fundantes desenvolvidas pela Cooperativa Agropecuária Mourãoense – Coamo, a qual atualmente é denominada Coamo Agroindustrial Cooperativa e sua Cooperativa de Crédito, a Credicoamo. O Objetivo geral deste estudo foi o de investigar como se fundamenta o modelo cooperativo desenvolvido e operacionalizado pela Credicoamo - Crédito Rural Cooperativa e a Coamo - Agroindustrial Cooperativa, visando identificar se as práticas que prevalecem se assemelham mais ao princípio da intercooperação ou à da conglomeração do tipo de capital financeiro. Utilizando-se de pesquisa bibliográfica e documental, da realização de 16 entrevistas semiestruturadas e de 05 questionários com escalas do tipo Likert, esta pesquisa compreendeu seu estudo no período de março de 2018 a novembro de 2019. A coleta, análise e construção do contexto vivenciado e construído pelas cooperativas, foi realizado através do método do materialismo histórico dialético. Assim sendo, a Coamo é percebida enquanto materialização das ações do Estado em prol da modernização da agricultura brasileira, fundada em 1970. Anos mais tarde, constitui a sua cooperativa de crédito, a Credicoamo. Esta emerge enquanto parte integrante de um projeto de ressurgimento do cooperativismo financeiro, que integra a cooperativa de crédito à cooperativa agropecuária. Neste modelo interligado, as ações são convergentes e se somam ao fomento do agronegócio brasileiro, através do repasse de recursos públicos agrícola e pecuário subsidiados pelo Estado. Dentre as estratégias de sobrevivência estão a adoção de medidas administrativas que visam a eficiência técnica e econômica. Nesse entrelace de ações emergem outras empresas, que somadas as cooperativas, constituem um agrupamento cooperativo, que, frente a necessidade de sobrevivência, adotam uma postura mais aproximada à gestão empresarial de expansão com vistas à lucratividade, se afastando dos princípios do cooperativismo. |