Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Fábio |
Orientador(a): |
Lino, Jaisson Teixeira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Campus Chapecó
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/2131
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Resumo: |
O presente trabalho discute como os conceitos de progresso e modernidade foram usados para tentar impedir a demarcação da Terra Indígena Kaingang de Iraí. Os discursos investidos contra os Kaingang sustentaram-se na retórica de que os indígenas não estavam em seu território tradicional e promoviam o desmatamento e a poluição das fontes termais – importante recurso natural explorado comercialmente pela atividade turística. Entretanto, para compreender historicamente o processo em que esses discursos surgiram, é preciso analisar a construção do aeroporto em Iraí – sobre território tradicional indígena – e o quadro histórico e econômico a ele associado. Além disso, a emergência do movimento indígena para demarcação do seu território refletiu na proposição de uma ação judicial por parte de entidades que se diziam ambientalistas para impedir a demarcação da terra indígena. Esse processo, bem como algumas matérias publicadas em jornais, especialmente o jornal Zero Hora, foram usadas como principais fontes dessa pesquisa. Como hipótese, admite-se que os discursos preservacionistas foram acionados a partir do movimento Kaingang para demarcação, com a intenção de ocultar o real motivo: impedir a demarcação da Terra Indígena Kaingang de Iraí e manter a exploração comercial das fontes termais por agentes políticos e privados, interessados nos lucros provenientes dessa atividade turística. |