Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Ottonelli, Catiusa Kuchak Rosin |
Orientador(a): |
Hartmann, Marilia Teresinha,
Hartmann, Paulo Afonso |
Banca de defesa: |
Arenzon, Alexandre,
Vargas, Vera Maria Ferrão,
Rodrigues , Lúcia Ribeiro |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
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Departamento: |
Campus Erechim
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1559
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Resumo: |
A avaliação da toxicidade aguda seguindo o método FET (Fish Embryo Toxicity Test) apresenta como proposta a utilização de embriões de peixes como organismos-teste em substituição aos peixes adultos. Desenvolvido e padronizado originalmente na Alemanha com o objetivo de ser uma alternativa para a avaliação da toxicidade de efluentes com peixes em ensaios de 48h, foi sugerido internacionalmente pela OECD em 2013 para avaliação da toxicidade de substâncias químicas em ensaios de 96h. Contudo, a aplicabilidade do método para amostras de efluente ainda é considerada carente de maiores informações. Desse modo, o objetivo desse trabalho foi avaliar se o uso da metodologia de ensaios com embriões de peixes (FET), proposto pela OECD 236/2013, com duração de 96h para avaliação da toxicidade aguda de amostras de produtos químicos, pode ser considerada uma alternativa para a avaliação dos efeitos em amostras de efluentes hospitalares. Para avaliar a eficiência do FET, os resultados obtidos foram comparados com diferentes métodos para a avaliação da toxicidade aguda com peixes: D. rerio em fase larval (10 + 2 dias, método não padronizado), juvenis de D. rerio e larvas de P. promelas seguindo a NBR ISO 15088, 2011. Dois períodos de exposição (48 e 96 horas) foram analisados e os resultados de CL50; 48h e CL50; 96h foram calculados com intuito de avaliar se esse período seria suficiente para observar o potencial toxicológico da amostra. Com objetivo de aumentar a sensibilidade do FET três novos efeitos tóxicos foram incluídos na avaliação dos resultados: não eclosão, edemas e imobilidade das larvas, considerados como FET Subletal. Os ensaios de toxicidade realizados com diferentes fases do desenvolvimento de D. rerio com a amostra de efluente hospitalar demonstraram que o FET seguindo a metodologia OECD 236 não apresentou a maior sensibilidade quando comparada aos demais métodos utilizados. As fases larvais (D. rerio - 10 + 2 dias) e P. promelas foram as que apresentaram as maiores sensibilidades, seguidas do FET Subletal. O método FET somente não apresentou diferenças significativas em sua sensibilidade quando comparado aos ensaios com juvenis de 2 + 1 cm realizados seguindo a NBR ISO 15088, 2011. Os resultados dos ensaios com FET 48 horas e FET 96 horas não apresentaram diferenças significativas. Contudo, apesar dos efeitos previstos pela OECD 236 terem sidos observados nas primeiras 48 horas de exposição dos organismos, o prolongamento dos ensaios até 96 horas permitiu que outros efeitos pudessem ser observados, aumentando a sensibilidade do método. O presente trabalho concluiu que o uso do método FET segundo a OECD 236 de 2013 com embriões de D. rerio para avaliação de toxicidade de efluente hospitalar bruto não foi o método mais sensível quando comparados aos demais e deve ser observado com cautela. |