Relações de gênero na educação infantil: análise de ilustrações nos blogs educacionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Almeida, Rose Antonietti Gomes de
Orientador(a): Moura, Neide Cardoso de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Campus Chapecó
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/696
Resumo: Esta dissertação apresenta o resultado de uma pesquisa que teve por objetivo explicitar se as ilustrações apresentadas nos blogs educacionais endereçados à Educação Infantil transmitem sentidos sobre as diferenças de gênero que, podem contribuir para estabelecer e sustentar relações de dominação. Este recorte se fez necessário tendo em vista o avanço tecnológico e midiático nas últimas décadas, o qual facilitou o acesso à internet e, consequentemente, a informações em todas as áreas do conhecimento. Buscamos conhecer as imagens presentes nesses blogs por serem recursos didáticos e pedagógicos utilizados pelos professores na busca de atividades a serem aplicadas em sala de aula. Almejamos ser esta uma pesquisa atual e de relevância social, política e acadêmica, por se tratar de um tema recente nas pesquisas brasileiras. Esta pesquisa esteve amparada pelas teorias que abordam as relações de dominação; midiação da cultura moderna de John B. Thompson (2011), bem como em sua proposta metodológica da Hermenêutica de Profundidade (HP). Também nos apoiamos no estudo e na compreensão sobre as questões relativas ao gênero de Joan W. Scott (1995), com o intuito de apreender possíveis relações entre dominação e poder. A aproximação teórica entre Thompson e Scott se deve ao fato de compartilharem equivalentes propostas sociais e críticas. Com isso a pesquisa e análise empreendida proporcionaram revelar e desvelar os sentidos implícitos e explícitos, por meio das estratégias de naturalização e eternalização, veiculados por essas ilustrações. Salienta-se o fato de que nossa atenção esteve tanto voltada para as manifestações que revelam a sustentação, manutenção e reprodução dessas desigualdades como para os avanços e transformações em relação às questões de gênero. Nosso campo de estudos forneceu condições de observar avanços e permanências nas representações veiculadas por esse meio midiático e didático. Esses, entre outros fatos, nos remeteram para a importância dos estudos sobre gênero e mídia na formação inicial e continuada dos professores desde a primeira etapa da educação básica, ou seja, a educação infantil brasileira.