Ensino de geografia na reforma curricular de 1951 e os livros didáticos de Aroldo de Azevedo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Bispo, Martha Hemilia da Silva
Orientador(a): Ribeiro Júnior, Halferd Carlos
Banca de defesa: Pinto Júnior, Arnaldo, Andreis, Adriana Maria
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas
Departamento: Campus Erechim
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4206
Resumo: Esta pesquisa tem como tema de estudo a Reforma Curricular de 1951 e o ens ino de Geografia. Nesse momento o m undo vivenciava o pós guerra e um debate acalorado e frutífero para a produção de novas concepções para fundame nta r as relações entre as nações. Devido a o contexto político internacional, a UNESCO realizou um apelo às nações, em que propunha alterações nos sistemas de ensino, programas curriculares e livros didático s. No âmbito nacional, o Brasil passava por uma sé rie de transições políticas, econômicas e sociais. Diante desse cenário, pretende se investigar: de que maneira a Reforma Curricular de 1951, mais especificamente a proposta para o ensino de Geografia, se relaciona com o projeto de paz mundial propagado pe la Unesco e a construção de uma sociedade com novos valores? Esta investigação se deu através de pesquisa documental (leis e livros didáticos) e bibliográfica, buscando evidenciar o processo de construção social do currículo de Geografia, apresentando os g rupos sociais envolvidos na sua construção; as concepções pedagógicas em voga, a influência na seleção de conteúdos e instruções metodológicas e o impacto das prescrições curriculares nos livros didáticos de Geografia de Aroldo de Azevedo. Inferimos a part ir da análise das instruções metodológicas apresentadas na lei, que a Reforma de 1951 dialogava com os apelos proferidos pela UNESCO, renovando o currículo, marcando um primeiro passo na construção de uma sociedade mais democrática. Os livros didáticos da primeira à quarta série ginasial de Aroldo de Azevedo pautava m se em uma explicação geográfica que privilegiava a descrição dos elementos físicos em detrimento dos aspectos sociais. Nesse sentido, compreendemos que nem sempre uma reforma curricular tem abs oluta adesão, pois passa por tensões de diferentes grupos sociais.