Caracterização físico-química, atividade antimicrobiana de frutos e germinação de sete capoteira [Campomanesia guazumifolia (Cambess.) O. Berg]

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Goldoni, Jonas
Orientador(a): Giacobbo, Clevison Luiz, Galon, Leandro
Banca de defesa: Giacobbo, Clevison Luiz, Galon, Leandro, Bagatini, Margarete Dulce, Wagner Jr., Américo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
Departamento: Campus Erechim
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1779
Resumo: A Campomanesia guazumifolia (Cambess.) O. Berg, popularmente conhecida como sete capotes, sete cascas ou capoteira pertence a família Myrtaceae, sendo uma planta frutífera arbórea. Tal espécie ocorre em quase todas as formações vegetais do centro oeste ao sul do país. Apesar de utilizada para consumo por populações locais, são escassos os trabalhos sobre a mesma. Com objetivo de levantar dados sobre os frutos da espécie, foram realizados três trabalhos: caracterização físico-química e compostos bioativos; capacidade antimicrobiana do extrato alcoólico do fruto; ensaios de germinação das sementes sob diferentes tratamentos. No primeiro estudo, foram analisados: massa, volume, rendimento, umidade, turbidez, pH, acidez titulável (AT), sólidos solúveis (SS), relação SS/AT, proteínas, lipídeos, açúcares totais, açúcares redutores, cinzas, macronutrientes, micronutrientes, pectina, vitamina C, compostos fenólicos totais e antioxidantes totais. Já no segundo trabalho, avaliou-se a capacidade antimicrobiana do extrato do fruto através de testes de concentração mínima inibitória, concentração bactericida mínima e concentração fungicida mínima sobre Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Monilinia fructicola. No último experimento determinou-se os efeitos do armazenamento de sementes, em temperatura ambiente, em ultrafreezer a -80ºC, bem como, a ação da estratificação térmica (0, 20, 40, 60, 80 e 100ºC em imersão em água durante 10 minutos) e por último, a decorrência do ácido giberélico (nas concentrações 200, 400, 600, 800 e 1000 mg L-1) sobre as sementes. Frente as demais espécies o fruto destacou-se quanto ao rendimento de polpa (97,39%), vitamina C (198,33 mg 100 mL-1), compostos fenólicos totais (312,13 mg 100 g-1), proteína (1,904 g 100 mL-1), teores de cálcio (388,28), potássio (2443,88) e de ferro (26,95 mg kg-1). Também, observou-se a eficácia do extrato do fruto como bactericida nas concentrações mínimas de 200 μg mL-1 para Escherichia coli e 25 μg mL-1 para Staphylococcus aureus, e ainda, como fungicida contra o fitopatógeno Monilinia fructicola em concentração mínima de 50 μg mL-1. Os ensaios de propagação demonstraram a ineficácia do armazenamento em ultrafreezer, melhora no percentual de germinação de sementes armazenadas por 39 dias em temperatura ambiente, manutenção da viabilidade em 57% após 75 dias de armazenamento, aumento no percentual de germinação em sementes após estratificação térmica à 40ºC e inatividade do ácido giberélico sobre a germinação. O presente estudo contribui para a produção de conhecimento acerca da flora regional, revelando o potencial latente dos frutos desta espécie.