Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Kuester, Sandra |
Orientador(a): |
Lino, Jaisson Teixeira |
Banca de defesa: |
Bruhns, Katianne,
Radin, José |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Campus Chapecó
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4282
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Resumo: |
Esta pesquisa analisou o Kerbfest de Seara/SC, ocorrido entre os anos de 1993 a 2005. Objetivou-se examinar como o Kerbfest construiu laços de pertencimento entre os descendentes de alemães no município de Seara. A metodologia utilizada compreendeu um estudo bibliográfico que, primeiramente, contextualizou a festa através dos processos de colonização germânica em esfera nacional e municipal. Posteriormente, foram problematizadas as relações étnicas, bem como as noções de representatividade e de bens patrimoniais. Para a festividade, foram utilizadas fontes orais, audiovisuais, jornais, atas de reuniões de presbitérios, fotografias e fôlderes. Dessa forma, o estudo voltou-se às análises das representações e relações étnicas e de seus bens patrimoniais. Os principais resultados desta pesquisa podem ser apontados como uma festa idealizada por um pastor e que, inicialmente, tinha o intuito de angariar lucros para a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil de Seara/SC. Contudo, o sentido da festa foi compreendido de maneiras distintas entre seus coordenadores; mas, para todos da equipe, foi uma maneira de representar a germanidade, uma das características étnicas teuto-brasileiras. Também trouxe um passado imaginado criado com base nos costumes do final do século XIX na Alemanha com ideais nacionalistas e disseminados no Brasil em grande medida na década de 1980 por folcloristas, além de integrar elementos de outros Kerbfesten da região. A festividade foi considerada uma tradição devido à sua constante repetição nos calendários municipais e religiosos de confissão luterana. Para a realização do Kerbfest, houve trocas étnicas que partiam desde o patrocínio, participações na festa e na composição de pratos, selecionados pelos organizadores, considerados típicos da culinária alemã. Esta festividade representou não somente um passado imaginário alemão, como também um passado colonial da região, fazendo parte do patrimônio cultural. |