Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pasini, Glaucia |
Orientador(a): |
Krug, Marcelo Jacó |
Banca de defesa: |
Lara, Cláudia Camila,
Horst, Cristiane |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
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Departamento: |
Campus Chapecó
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3833
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Resumo: |
A língua é parte de uma sociedade dinâmica, então, nada mais justo que estudá-la a partir de seu caráter variável. A grande área da Sociolinguística propõe a visão autêntica da língua, a qual dispõe de um estudo que abarca o contexto social e concentra-se essencialmente na fala real e não ideal. A sociolinguística também se interessa pelo contato entre línguas, visto que ele é um fenômeno natural e responsável por produzir variações no sistema linguístico. Quando se trata de variações linguísticas, pode-se dizer que a Região Oeste de Santa Catarina, é bastante marcada pelo contato entre o português e as línguas de imigração europeia, majoritariamente as línguas italiana e alemã. Línguas, quando em contato, deixam marcas umas nas outras. Por isso, esse estudo concentra-se nas marcas fonológicas encontradas na fala de estudantes de língua inglesa, possivelmente oriundas da língua italiana que, por sua vez, passou para a língua portuguesa dentro de um cenário bilíngue. Por conta disso, busca-se analisar a vocalização da lateral /l/ – fenômeno frequente no português brasileiro – na língua inglesa na fala de estudantes filhos de descendentes ítalo-brasileiros em duas escolas estaduais de nível Fundamental II (6º e 9º ano) em território urbano e rural da cidade de Xanxerê. Procurou-se encontrar qual língua (português ou italiano) exerce mais influência fonológica na fala da língua inglesa. A pesquisa segue a linha teórica da Dialetologia Pluridimensional e Relacional e suas análises são pautadas nas seguintes dimensões: diatópica (urbano e rural), diageracional (GII [alunos com 14 anos], GI [alunos com 11 anos]), diassexual (masculino e feminino) e diafásica (questionário e leitura). Nas análises, os dados estão organizados e relacionados a partir dessas dimensões e de modo bem geral, os resultados apontam para um empréstimo da vocalização da lateral da língua portuguesa substituindo a velarizada do inglês. Outra conclusão relevante é que grande parte dos informantes, principalmente os da escola rural, apresentaram um baixo nível de conhecimento da língua inglesa, o que ficou comprovado pelo fato de eles utilizarem da consciência fonológica do português para a pronúncia dos vocábulos em inglês. |