Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Venson, Leticia Maria |
Orientador(a): |
Myskiw, Antonio Marcos |
Banca de defesa: |
Alcaraz, Alberto Daniel,
Schmitt, Ânderson Marcelo,
Brandt, Marlon |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Campus Chapecó
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3821
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Resumo: |
A Colônia Militar do Xapecó foi criada em 1859 e instalada em 1882, na então província do Paraná, em local denominado como campina do Xanxerê e teve até o ano de 1898 José Bernardino Bormann como seu diretor. Foi instalada para a proteção do território e dos habitantes devido ao conflito territorial com a Argentina. Optamos por construir uma reflexão atenta à História Social e Agrária, mas sem desconsiderar os fatores políticos e geopolíticos e econômicos. O trabalho visa analisar a construção de um espaço social e político por parte de militares brasileiros e da população que residia dentro da Colônia Militar e nas imediações contribuindo para a fundação e manutenção desse núcleo militar. A metodologia empregada na pesquisa qualitativa apoiada na análise de conteúdo na perspectiva de Laurence Bardin. A pesquisa conta com um conjunto diversificado de fontes documentais tais como: os Relatórios dos Ministros de Guerra e da Província do Paraná, os decretos de criação das colônias militares, a Lei de Terras, os relatórios dos diretores da Colônia. Também serão utilizados a Fé de Ofício de José Bernardino Bormann, o Livro “Centenário do Marechal Bormann” e “Dias Fratricidas: Memórias da Revolução Federalista no Estado do Paraná” escrito pelo próprio Bormann. E o Censo Demográfico da Comarca de Palmas de 1890. Concluímos que a instalação de Colônias Militares nas fronteiras do Brasil era uma demonstração de poder e exercício de poder sob a região. Nos anos em que Bormann ficou na direção a Colônia Militar do Xapecó, ainda que tivesse autonomia de gestão sobre o território, não conseguiu autonomia financeira. O isolamento social, o contexto político e econômico e a demora na expedição de documentos definitivos de terras aos colonos foram fatores que contribuíram para o lento desenvolvimento da área colonial. A ausência de documentos definitivos dos lotes de terras gerou vários processos de usucapião. Por outro lado, houve (e ainda há) uma política de valorização da memória de José Bernardino Bormann no município de Chapecó, resultado de sua vida política, militar e intelectual. |